A exposição sobre o corpo humano do DeArtes da UFPR vai até a próxima semana

As obras são feitas a partir de materiais como gesso, lã, cimento e tule Foto: Heloisa Nichele

A exposição “Eu moldo meu corpo. Meu corpo me molda” produzida por nove alunas de Artes Visuais do Departamento de Artes da UFPR vai até dia 19 deste mês. As obras são resultado da disciplina Tópicos Especificos de Escultura lll, ministrada pela professora Isabelle Catucci, que tinha como objetivo pensar e fazer escultura a partir da pesquisa sobre o corpo humano.

“O interesse principal era que os alunos ultrapassem o domínio técnico e construíssem uma dimensão crítica e reflexiva do que estivessem realizando”, explica a professora, que usou como principal referência de estudo os textos do antropólogo francês David Le Breton, que aborda percepções sobre o uso, significado e participação do corpo em diversas sociedades, e como o homem moderno racionaliza e manipula este corpo em nossa sociedade.

As obras são feitas a partir de materiais como gesso, lã, cimento e tule
Foto: Heloisa Nichele

As aulas tinham como metodologia dinâmicas em grupo, experimentações de técnicas de moldagem e reprodução do corpo humano. Os alunos trabalharam com diversos materiais em sala, como gesso, cimento, silicone, lã, tule, arame e vidro, que foram introduzidos às pesquisas na medida em que cada um avançava na construção de sua poética.

A partir do interesse de algumas alunas em compartilhar o resultado do que, a princípio, era o trabalho final de uma disciplina, tornou-se uma exposição aberta ao público, que contou com mais de cinquenta pessoas em sua abertura no último dia 6. “As alunas trabalharam desde o início do ano na organização, curadoria e divulgação da exposição, e os resultados de todo este esforço se demonstram positivos, a receptividade do público tem sido grande”, comenta a professora.

Bruna Letícia Bozza, aluna do 5º período de Artes Visuais e uma das expositoras, acredita que algumas obras ainda podem ser aperfeiçoadas. “Foi uma vivência incrível todo esse processo de construção, e algumas propostas tem muito chão pela frente. Mesmo o meu que trata da relação do toque, o corpo tocando o próprio corpo, precisa ser continuado”, explica.

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