Curitiba sedia a partir de hoje o festival Olhar de Cinema

Depois de dois anos funcionando na modalidade on-line, o festival voltará em formato híbrido, com sessões presenciais e virtuais

Até o próximo dia 9, Curitiba sedia o 11º Olhar de Cinema: Festival Internacional de Curitiba. Nesta quarta-feira (1), o evento conta com uma cerimônia na cafeteria do Cine Passeio. O festival acontece anualmente na capital do Paraná e conta com filmes de diversos países, além de possuir mostras dedicadas exclusivamente a filmes brasileiros e paranaenses. 

Nas suas duas últimas edições, por conta da pandemia de Covid-19, o Olhar foi realizado de maneira inteiramente on-line, com ingressos vendidos diretamente pelo site do evento. Neste ano, o festival volta a ser realizado presencialmente, em cinco lugares diferentes: no Cine Passeio, na Cinemateca de Curitiba, no Museu Oscar Niemeyer (MON), no Teatro da Vila, e no cinema da rede Cinemark do Shopping Mueller. 

Além disso, o festival continuará a realizar atividades virtuais, incluindo algumas mostras completas (que também passarão nos cinemas) e oficinas.

Os ingressos das sessões on-line devem ser comprados durante o tempo de exibição (de 7/6 às 00h até 9/6 às 23h59). As sessões no MON e no Teatro da Vila são gratuitas, e sujeitas a lotação. As inscrições das oficinas já foram encerradas.

Programação

Além da cerimônia de abertura, o primeiro dia do festival também contará com a exibição de Vai e Vem, documentário brasileiro dirigido por Jéssica Luz. O filme conta sobre duas amigas, uma no Brasil e a outra nos Estados Unidos, que, isoladas uma da outra por causa da crise sanitária, se correspondem por meio de pequenos filmes, cada um inspirado na linguagem de um cineasta experimental. 

O longa será exibido em três sessões simultâneas às 19h: duas no Cine Passeio (salas Luz e Ritz), e uma no Teatro da Vila.

Fora o filme de abertura, o Olhar de Cinema contará com outros 122 filmes, entre curtas e longas, divididos em nove mostras diferentes: a mostra Foco (8 filmes), que trará para as telas a carreira do diretor boliviano Kiro Russo; a Mirada Paranaense (12 filmes), que tem como foco filmes paranaenses; e as mostras Novos Olhares (7); Olhar Retrospectivo (20); Olhares Brasil (11); Olhares Clássicos (7); Outros Olhares (19); e Pequenos Olhares (14); além de exibições especiais (3) e da Mostra Competitiva, a principal do festival.

Para a mostra competitiva foram selecionados 20 filmes, sendo nove longas e 11 curtas-metragens. Estes serão, por ordem de estreia: A Ferrugem (dias 2 e 3) e Freda (2 e 3), ambos no Cinemark; Filme particular (dias 3 e 4) e Alan (dias 4 e 5), os dois no Cine Passeio; Uma Noite sem saber nada (dias 4 e 7), a primeira programação de curtas (PGM 01, dias 4 e 7), com quatro filmes, A Censora (dias 5 e 6) e a segunda programação de curtas (PGM 02, dias 5 e 8), todos no Cinemark; e Paterno (dias 5 e 6), no Cine Passeio.

Todos os curtas da Competitiva também estarão disponíveis na modalidade virtual, a partir do dia 7 à meia noite.

O filme de encerramento deste ano é o longa de animação Todo mundo já foi pra Marte, que é o resultado do trabalho de 37 animadores do Ceará, e que conta várias sensações e experiências pessoais durante a pandemia, misturando diferentes olhares e estilos. Assim como a abertura, serão três exibições simultâneas, às 19h15 do dia 8, no Cine Passeio e Teatro da Vila. 

Este último longa será seguido pela cerimônia de encerramento e premiação, às 21h. Nela serão premiados os melhores filmes em quatro categorias: “melhor filme brasileiro”, “melhor filme novos olhares”, “melhor filme outros olhares” e o “Prêmio Olhar de Melhor Filme Competitiva”. Os vencedores serão exibidos no dia seguinte (9/6) na Cinemateca de Curitiba.

Todos os dias de festival também contarão com seminários, com diversos temas, realizados a partir das 10h30 na sala do espaço Valêncio Xavier, no subsolo do Cine Passeio.

De volta às salas

Presente agora em vários novos espaços, o festival finalmente volta a ocupar as salas de cinema da cidade. Antonio Gonçalves Júnior, fundador e diretor artístico do festival, diz que ele e todos os envolvidos com o evento ficaram muito animados com a volta: 

“On-line é legal e tudo, mas quem gosta de cinema mesmo sentiu muita saudade nesses dois anos em que foi on-line; desse encontro, dessa troca, da possibilidade de trazer os realizadores para falar com o público e imprensa, enfim, todo esse ambiente das pessoas que participam do festival”, diz.

Porém, o retorno não foi sem seus problemas. O principal lugar onde o festival era realizado, o Espaço Itaú de Cinema, no Shopping Crystal, fechou em setembro de 2021. “Não foi só o festival, a cidade inteira perdeu o Espaço Itaú, que era o coração do festival durante os oito anos de sessões presenciais que tivemos. Foi um desafio, mas tivemos que achar um novo modelo, novos espaços e uma nova logística para todo o festival”. 

Assim, Antonio diz que, mesmo estando de volta às salas como em 2019, muita coisa foi aprendida desde então, especialmente com a experiência virtual. Tanto que várias atividades on-line foram mantidas, e outras passaram a serem feitas tanto presencial quanto virtualmente. 

A maior expectativa, explica Antonio, é que consigam fazer um evento tranquilo e divertido para todos, em um momento tão tenso da história do Brasil e do mundo quanto a pandemia. “Para nós, o que é importante é a celebração do cinema, dos filmes, de tudo aquilo que o cinema representa para nós. E a gente gosta de compartilhar isso para muitas outras pessoas”, completa o diretor.

Serviço

Onde irá acontecer o festival?

  • Cine Passeio (R. Riachuelo, 410 – Centro)
  • Cinemark – Shopping Mueller (Avenida Cândido de Abreu, 127, último piso – Centro)
  • Cinemateca de Curitiba (Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 1174 – São Francisco)
  • Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico)
  • Teatro da Vila (R. Davi Xavier da Silva, 451 – Cidade Industrial de Curitiba)

Horários disponíveis no site do evento.

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