Estudantes da UFPR apresentam peça de teatro baseada em obra de Clarice Lispector

Espetáculo ganhou vida no palco do Departamento de Comunicação, em uma experiência que celebra a criação coletiva e a força da universidade pública

Entre luzes, vozes e personagens, a radionovela ganha corpo no palco, em um encontro onde a imaginação vira presença. Foto: Heloisa Pagani

Por Heloisa Pagani

A leitura dramática “Uma Radionovela Chamada Macabéa” produzida por alunos dos cursos de comunicação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), teve ensaio aberto nesta quarta-feira, 27, no Auditório do Departamento de Comunicação. A montagem conta com direção e adaptação de Beto Soranso, direção musical de Cláudio Sorondo, produção de Hertz Wendell e iluminação de Luís Santos, e é baseada em adaptação do livro “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector, escrita por Rafael Pedretti e Rogério Bozza.

Mais do que um trabalho artístico, a iniciativa tem como objetivo promover uma interação direta com a comunidade externa de Curitiba ao abrir o ensaio ao público, aproximando os moradores da prática teatral universitária. A plateia acompanha a construção da radionovela, fortalecendo o vínculo entre arte e sociedade, estimulando a formação de novos públicos e criando um espaço de troca entre artistas, estudantes e a comunidade local. Para o público que esteve presente, o ensaio aberto deixou uma impressão positiva. A espectadora Tatiana Massaro conta que “achou muito legal” a proposta e destacou que o evento “podia ter sido muito mais divulgado para a sociedade”. Para Tatiana, ações como essa reforçam a importância da integração entre a universidade e a comunidade, especialmente por oferecer a oportunidade de acesso gratuito à produção cultural.

O professor e diretor da peça, Beto Soranso, enfatiza a relevância de os estudantes universitários aprenderem diferentes formas de comunicação, destacando que o teatro oferece uma oportunidade valiosa para exercitar a criatividade além da sala de aula. Soranso também explica que o palco refletia a sociedade,“abrir a peça ao público é fundamental não apenas para ampliar o acesso a produtos culturais, mas também para possibilitar que as pessoas se reconheçam nas histórias apresentadas”.

O espetáculo oficial está previsto para a primeira semana letiva de 2026, novamente no auditório do campus de comunicação. Até lá, a equipe espera aprimorar ainda mais a montagem, para que o público possa acompanhar uma versão final mais consolidada e artisticamente refinada.

Editado por Gustavo de Sousa.

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