O mercado trabalho no tempo da Inteligência Artificial: desafios emudanças nas profissões

Profissões da área da tecnologia e artísticas divergem quanto à utilização da IA

Imagem gerada por Inteligência Artificial

Por Amabili Gomes, Isabelle Hoffmann e Kelly Cano.

A Inteligência Artificial (IA) vem ocupando diversos espaços dentro da sociedade, seja respondendo a perguntas como o Chat GPT, ou na substituição de certos trabalhos. A pesquisa “The state of AI in early 2024: Gen AI adoption spikes and starts to generate value”, realizada pela McKinsey, revelou que, em 2024, 72% das empresas mundiais já haviam adotado o uso da IA. Esse avanço, ao mesmo tempo em que desperta curiosidade, também gera debates sobre seus impactos em diferentes profissões.

Em algumas áreas, como na medicina e na própria tecnologia, por exemplo, a IA é uma ferramenta de auxílio para o desenvolvimento de pesquisas, na análise de dados e no aperfeiçoamento de funções cotidianas. A jornalista, pesquisadora de Inteligência Artificial e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Fábia Ioscote, comenta em quais profissões a IA já se encontra presente:

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Em áreas ligadas à criação artística, a recepção da Inteligência Artificial não é tão positiva quanto nas áreas tecnológicas. Escritores, ilustradores e outros profissionais das artes expressam preocupação com a substituição de seu trabalho por máquinas capazes de gerar textos e imagens. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 25% das profissões estão expostas à IA generativa, reacendendo o debate sobre a preservação da autoria humana.


Essa inquietação levou o tema até a 8ª Bienal de Quadrinhos de Curitiba, realizada entre os dias 4 e 7 de setembro de 2025. O evento promoveu palestras e mesas de debate sobre os impactos da IA no universo artístico. Entre os destaques está a mesa “A realidade redesenhada pela IA”. A palestra reuniu a ilustradora e quadrinista Ing Lee, o pesquisador, roteirista e crítico Lielson Zeni, além da
ilustradora, quadrinista e designer Amanda Miranda. A mediação ficou por conta da tradutora e editora Dandara Palankof, que destacou a necessidade de atenção diante do avanço tecnológico, sem deixar de reforçar a importância e o valor do trabalho humano.

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Para os programadores e trabalhadores de áreas tecnológicas a Inteligência Artificial Generativa é vista como uma aliada, mas entre os quadrinistas presentes na Bienal dos Quadrinhos, o consenso é outro: a IA não deve ser utilizada em nenhum processo de criação das HQs. Mas, afinal, como a mesma tecnologia pode gerar visões tão distintas em diferentes áreas profissionais?

Na Reportagem Especial “Os Impactos da Inteligência artificial no mercado detrabalho”, produzida por Amabili Gomes, Isabelle Hoffmann e Kelly Cano, é discutida a realidade da IA dentro do ambiente artístico e sua utilização em outras profissões


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