
O Festival Internacional de Hip Hop acontece em Curitiba desde 2002 e reúne grupos de todo o Brasil, além de várias companhias de dança de outros países. Neste ano, as seletivas para o espetáculo – que acontece em julho – foram realizadas nesta sexta-feira (2), no Teatro Fernanda Montenegro, no shopping Novo Batel. Esse mesmo processo ocorre em outros estados como Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina. A organização do Festival espera cerca de 310 bailarinos para a seletiva da capital, e as expectativas são grandes por parte dos participantes e idealizadores.
(Foto: Divulgação FIH2)
O Festival
O FIH2, como é conhecido, surgiu há 13 anos por ideia de Octavio Nassur, dançarino e dono de uma agência especializada em dança. O projeto foi desenvolvido como uma experiência voltada exclusivamente para o hip hop, com juízes especializados na área, e onde os bailarinos pudessem ter a oportunidade de dançar nos melhores locais. “O Festival nunca foi pensado para ser desse tamanho, e agora já está pequeno para tudo o que planejamos”, comenta Nassur. A expectativa, a cada ano, é o crescimento do público. O evento ocorrerá, em 2014, no Teatro Positivo entre os dias 11 e 13 de julho.
Giulia Montani, integrante da Lótus Companhia de Dança, participou do FIH2 no ano passado, e elogia a estrutura do evento. “O Festival Internacional tem a qualidade de não ser só sobre a dança. Nós passamos literalmente três dias inteiros lá fazendo cursos ou assistindo palestras”, explica a bailarina. Além disso, o fato de ser um evento voltado para o estilo hip hop também contribui para a valorização da dança. A coreógrafa e fundadora da Lótus Luana de Souza ressalta esse ponto. “Participamos de outros festivais em que os jurados são especialistas em outros tipos de dança. No FIH2 são pessoas que entendem de verdade o que estamos fazendo”.
Outra grande vantagem do FIH2, de acordo com o idealizador, é a experiência social que ele proporciona. O festival oferece aos participantes a oportunidade da descoberta de novos níveis de dança e novas perspectivas da área. Para Nassur, o Festival é um bom momento para o desenvolvimento de valores humanos e descobertas de identidade.
As seletivas
(Foto: Julia Kreuz)
O processo seletivo para o Festival ocorre de forma presencial na maioria dos casos. Em algumas situações, a seleção é feita através de vídeos. As seletivas presenciais são abertas ao público, e já funcionam como uma maneira de divulgar o Festival. A importância desse pré-evento, como comenta Octávio Nassur, é melhorar a qualidade da apresentação principal através do feedback dos profissionais. Além disso, está envolvido, também, um fator de evolução das cidades onde acontece a seleção. “Começamos a perceber um desenvolvimento das cidades, por estarmos movimentando a economia local, e da própria dança urbana nesses espaços”.
A preparação para o processo de seleção é tão vigorosa para os dançarinos quanto a preparação para o espetáculo em si. Camila de Souza, dançarina do grupo D Street, comenta que a equipe se prepara anualmente de forma intensa para as seletivas. Giulia Montani, da Companhia Lótus afirma o mesmo: “A garra e a dedicação são as mesmas para a seleção e para o dia do Festival. O que ocorre de vez em quando é a coreografia não estar totalmente pronta no dia da seletiva, e nesse caso fazemos um final improvisado.”
O processo de seleção de grupos acontece no dia 02 de maio. Para Curitiba e região, o evento ocorrerá no Teatro Fernanda Montenegro e as apresentações iniciam às 20 horas.