O terceiro dia da Copa do Mundo 2022 foi marcado pelo improvável. Com objetivos distintos na competição, argentinos e sauditas se enfrentaram no estádio Lusial, que será o palco da final do mundial, nesta terça-feira (22). E a zebra entrou em campo: a vitória de virada por 2×1 colocou colocou a Arábia Saudita, atualmente na 51º posição no ranking da Fifa, na liderança do Grupo A com três pontos.
O gol da Argentina, há 36 jogos invicta e a um jogo de empatar com a Itália o recorde de invencibilidade em jogos oficiais, foi marcado por Messi em pênalti assinalado ainda no início da partida. Na volta do intervalo, em sete minutos Al-Shehri e AlDawsari puseram os sauditas na diantera do placar. A Arábia Saudita soube conter a pressão argentina e segurou o placar até o fim.
O resultado só não foi pior porque no jogo complementar do grupo, México e Polônia ficaram no 0x0.
Confira classificação atualizada da Copa do Mundo.
Grupo D
Houve ainda mais duas partidas, ambas pelo Grupo D. No início da tarde, Dinamarca e Tunísia também empataram sem gols. A zebra até ameaçou aparecer no estádio Al Janoub, onde França, atual campeã mundial, e Austrália se enfrentaram. Logo no início da partida, Goodwin marcou para a Austrália. Só que Rabiot, Giroud, duas vezes, e Mbappé viraram a partida para a França, que assume a liderança isolada do Grupo D com três pontos.
Campo da Geopolítica
Não foi só no campo do esporte que França e Austrália se enfrentaram. Os dois países têm suas histórias recentes marcadas por tribulações também no campo da geopolítica.
Em 2021, a Austrália cancelou um pedido multimilionário de submarinos fornecidos pela França e optou por um acordo alternativo com os Estados Unidos e o Reino Unido. O movimento causou revolta na França, que perdeu um acordo de longa data e preocupou grupos antinucleares na Austrália, com relação ao avanço da indústria de energia nuclear, a qual o país tem resistido por décadas.
A torcida pela paz na vida real fez com que fosse firmado um acordo de indenização entre os países. Em junho de 2022, a Austrália anunciou a indenização à França em 555 milhões de euros pelo descumprimento do acordo para a compra de submarinos em 2021. O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, disse que seu governo chegou a um acordo “justo e equitativo” com o governo francês.
O acordo entre a Austrália e a França foi realizado com conversas entre Albanese e o presidente francês Emmanuel Macron. O primeiro-ministro australiano afirmou que a aliança entre os países é estratégica desde a 1ª Guerra Mundial. “Estamos restabelecendo um melhor relacionamento entre a Austrália e a França”, disse o primeiro-ministro australiano.
Na geopolítica, os países parecem ter superado o problema, mas em campo não houve acordo: a França deu o troco!