Utilizando uma abordagem diferenciada, a Frente de Luta pelo Transporte (FLT) organizou uma aula pública na última sexta-feira (25), em frente à Prefeitura de Curitiba. O evento contou com a presença de aproximadamente trinta pessoas. O objetivo era a conscientização do povo sobre a importância das pautas defendidas pelo movimento.
Membros da Frente tiveram, durante o evento, uma reunião com o secretário de governo, Ricardo Ghisi. A discussão foi a proposta do passe livre.
Músicas famosas foram cantadas em forma de sátira, como protestos. “Mc Panterão” entoou cantos como ‘‘Preciso do bonde para ir para escola, assim, assim; dá para baixar o ‘busão’, dá sim, dá sim”. Segundo Luan de Rosa e Sousa, organizador do Dia do Basta, a ideia das músicas é transmitir as informações de um modo mais estruturado e eficiente para as pessoas.

A Frente de Luta pelo Transporte segue cumprindo sua tarefa. Exigências feitas pelos vereadores para que o projeto do passe livre corresponda à ordem jurídica da casa estão sendo atendidas de forma atenciosa.
Ônibus feminino
O projeto do ônibus cor-de-rosa foi rejeitado pelos membros da Frente, sendo taxado como uma proposta sexista e paliativa. Inaiara de Lima, integrante da FLT, diz que isso não resolverá o problema. “É como se aceitássemos que abusar das mulheres é um comportamento natural dos homens. Essa questão é cultural”, explica.
Entenda o movimento
A Frente de Luta pelo Transporte é um movimento composto por vários coletivos. As principais pautas são o passe livre para estudantes e desempregados, a redução da passagem de ônibus para R$ 2,25 e a estatização do transporte público. Após a ocupação da Câmara Municipal, o apoio popular tornou-se uma das principais forças da Frente.