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sex 26 jul 2024
HomeDestaquesMais do que vítimas do estupro, muitas vezes as mulheres são consideradas...

Mais do que vítimas do estupro, muitas vezes as mulheres são consideradas culpadas pela violência que sofreram

Luísa Elena* (20) não acha mais que é culpada.  Em uma época de sua vida, chegou a considerar que não era apenas vítima, mas alguém que, de alguma forma, pudesse ter gerado aquela situação. Sofreu violência sexual quando tinha 7 anos, por pessoas próximas a ela. O sentimento não podia ser pior. “Sentia-me suja, impura”, revela.

Ela conta que, após do ocorrido, passou por dois processos bem distintos em sua vida. O primeiro, de bastante resguardo e até invisibilidade. “Não queria chamar atenção”, conta. Depois, passou a querer se auto afirmar e se desenvolver como menina. Desejou muito a mudança e o reestabelecimento psicológico. “Se eu quero, eu consigo”, repetia sempre, como um mantra.

Marcha das Vadias - MG
Um dos objetivos da Marcha das Vadias é discutir a culpabilização da vítima em casos de violência sexual – Minas Gerais.     Foto: Casa Fora do Eixo Minas

E é nessa força de vontade que acredita a psicóloga da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba Denise Moreti. Ela afirma que, para amenizar os danos emocionais de uma mulher que sofreu violência sexual, é possível trabalhar essas questões através de atendimento psicológico especializado, como a terapia. “A mulher abusada sofreu um trauma. Para ter qualidade de vida e melhores condições em seus relacionamentos ela precisa ser acolhida e ouvida com respeito e dignidade”, sustenta Denise.

“Muitas mulheres se fecham, se escondem, tem vergonha de se abrir, mas é importante que o façam. Elas podem procurar ajuda na unidade de saúde mais próxima de suas casas”, acrescenta a psicóloga.

“Passo por cima disso todos os dias”, comenta Maria Olívia* (24), vítima de violência sexual aos 23. Ela afirma que a mulher que passou por esse tipo de violência convive com a questão diariamente e é levada a achar que se trata de algo normal. Para denominar esse cenário, há o termo “Cultura de Estupro”.

“A culpa deve ser da mulher, por se vestir de determinada forma ou se portar de um jeito específico”, diz Maria Olívia. Para ela, o maior exemplo dessa cultura do estupro, aconteceu enquanto registrava queixa do crime. “E o que você estava fazendo lá?”, foi a pergunta feita por um policial.

 

Sociedade da Casa Grande

Para o sociólogo e especialista em violência Pedro Bodê, a agressividade é uma prática de uma sociedade firmada na Casa Grande, que procura resolver seus conflitos a partir do uso da força. Hoje, esse comportamento violento está presente nas relações entre pais e filhos (castigo físico) e também entre maridos e mulheres, por exemplo.

No caso particular da violência sexual, de acordo com Bodê, trata-se de um costume que aponta para a impunidade: o violador é protegido e a mulher sente-se desamparada. Nesse cenário, a mulher que sofreu violência é transformada em possível algoz. Segundo ele, essa transformação é um fenômeno social baseado em uma sociedade machista e sexista. Há ainda um sentimento de vitimização, que é visto como errado.

“É a realização máxima da dominação masculina”, comenta o sociólogo. Apesar de tudo, mesmo sendo uma situação tétrica e tenebrosa, ele é esperançoso com relação a mudanças. “Questões que envolvem cultura e comportamento, como essa, não são mudadas a curto prazo, mas pautar esse assunto é muito importante. O debate precisa ser realizado e discutir não significa banalizar”, completa Bodê.

 

Foto que circula pelas redes sociais ilustrando o preconceito com relação à altura da saia das mulheres.    Foto: Divulgação

 

Reverter a situação

A fotógrafa e blogueira Cláudia Regina ajudou a expandir a discussão. O seu artigo “Como se sente uma mulher” tornou-se famoso na internet (mais de 600 mil visualizações em apenas dois dias) e ajudou a expandir o debate sobre o que ela chama de “sentimento feminino em situações de violência urbana”.

 

“Carros que passavam mais devagar do meu lado (…) eu só ouvia uma voz masculina: ‘gostosa!’ (…) Sei que para homens é difícil entender como isso pode ser violência. Nós mesmas, mulheres, nos acostumamos e deixamos pra lá. Nós nos acostumamos para conseguir viver o dia a dia.”

    Trecho do artigo “Como se sente uma mulher”, de Cláudia Regina

 

Ela comenta que a melhor forma de oprimir é fazer com que a própria vítima não perceba a opressão. Para Claúdia, deve-se ter cautela na hora de falar em “culpados”. A melhor designação não é essa, mas sim “responsáveis”. Apesar de tudo isso, ela acredita que é possível mudar esse cenário de violência. “Podemos reverter a situação: assim como ela foi criada por nós, ela pode ser ‘descriada’”, diz a blogueira.

Cláudia crê que a discussão não deve ser feita de forma desassociada de outros tipos de desigualdade e opressão, como a de gênero ou a racial, mas que devem vir juntas. “O debate nunca para. Meu texto sendo compartilhado no Facebook é só mais um pedacinho de luta dentre tudo o que os movimentos de minorias fazem em todos os meios de comunicação, políticos e sociais”, encerra.

*As fontes preferiram não se identificar.

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