sex 29 mar 2024
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Estudantes da UFPR inspecionam pontes do Paraná e de Santa Catarina

Sempre acompanhados por um engenheiro, estudantes vistoriam 4 pontes por final de semana.  (Foto: Emea)
Sempre acompanhados por um engenheiro, estudantes vistoriam 4 pontes por final de semana
(Foto: Divulgação)

Projeto que reúne os setores de Tecnologia, do Departamento de Construção Civil e do Programa de Pós-Graduação em Construção Civil da UFPR, o Emea (Escritório Modelo de Engenharia Civil da UFPR) é um projeto de extensão que desafia os alunos com situações de vistoria e capacitação de obras públicas.

Orientados pelos professores e pelas turmas de pós-graduação, os 24 alunos integrantes do EMEA, são instigados a estudar projetos de construção civil úteis para a sociedade e, se possível, apresentar propostas que possam aprimorar a manutenção de obras e que ajudem na formação de engenheiros em todo o país.

Mauro Lacerda, professor de Engenharia Civil na UFPR, coordena o Emea há 5 anos. “A nossa expertise não é de serviço. Não queremos fazer projetos de obras. Queremos utilizar os projetos dessas obras para desenvolver uma tecnologia e para ensinar os alunos, que podem, assim, ajudar o país”, explica. Para o professor, a iniciativa é ótima porque serve de complemento ao ensino regular do curso de Engenharia Civil.

Vistoria de Pontes

A vistoria de pontes dos estados do Paraná e Santa Catarina, em parceria com o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes) é o foco do trabalho dos alunos atualmente. Serão analisadas 387 pontes paranaenses e catarinenses até o fim do ano, durante os finais de semana.

O aluno Cauê Marinho, integrante do Emea, conta como funciona o processo de cadastramentos das pontes: “Nós já começamos aplicando o que desenvolvemos no escritório, que é basicamente o cadastramento da ponte com parâmetros do DNIT, com todas as suas morfologias e o que engloba a sua estrutura”.

O aprendizado de viajar pelas estradas catalogando as pontes e do projeto como um todo é muito importante para os alunos. “Desde que eu entrei para o Emea, aprendi muito e estou sempre buscando me aprofundar mais no assunto”, conclui Marinho.

Para estudante Gabriela Becker Domingues, também integrante do projeto, todo o trabalho ajuda tanto os alunos, pela disponibilização dos estudos produzidos na forma de apresentações, cursos e manuais, quanto a sociedade. “Para a população em geral é extremamente benéfico, pois no fim teremos um mecanismo eficiente de controle de conservação das pontes e viadutos”, ressalta.

Outro lado do projeto

Além das vistorias de pontes, o Emea atuou na análise da performance das obras para a Copa do Mundo de Futebol de 2014. O estudo realizado com o estádio sede do Clube Atlético Paranaense resultou até em um livro, repercussão que abriu portas para um convênio com a Prefeitura de Curitiba para o estudo de obras futuras, como do metrô e do parque de mobilidade. “Estamos sempre criando a movimentação para que o aluno aprenda a importância da profissão que ele está querendo abraçar”, diz o coordenador Mauro Lacerda.

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