A 23ª edição do Festival de Inverno da UFPR em Antonina, que acontece entre os dias 13 e 20 de julho, conta com uma programação específica para o público mirim. Oito oficinas infantis são ofertadas em escolas e locais específicos da cidade, onde as atividades do festival estão ocorrendo.
Além das oficinas, uma atividade paralela na praça central de Antonina reúne diversos atrativos para a criançada: desde o tradicional jogo de damas até modernas modalidades esportivas, como o Slackline – fita elástica na qual os praticantes andam e se equilibram.
O “Vem brincar na praça você também, vem!!!” apresenta ainda atividades de música, dança e cultura corporal. As atividades estão dispostas em seis espaços conforme a área em que se encaixam: Espaço Brincadeiras de Ontem, Hoje e Sempre, Som, Aventura, Cultura Corporal, Criatividade e Oficina de instrumentos. Elas ocorrem no período da tarde, durante todos os dias do festival. Um dos organizadores do “Vem brincar na praça”, o estudante de Educação Física, Matheus Rodrigues, comenta a interação das crianças com o projeto. “A programação do festival é fechada, mas a gente tem a preocupação de escutar o que as crianças querem e, dentro do possível, realizar brincadeiras que elas pedem”, explica.
Maria Laura Dias, de oito anos, é uma das crianças participantes e, enquanto corre de uma barraquinha a outra, conta o que acha do festival. “Eu gostei mais do Slackline porque eu nunca tinha andado antes. O festival podia acontecer mais vezes por ano!”, fala.
Oficinas infantis
As oficinas de Hip Hop, Capoeira, Canto, Contação de Histórias, Teatro, Brincadeiras, Múltiplas Linguagens Artísticas e de Robótica, são todas exclusivas para crianças dos 7 até 14 anos. O objetivo dessas atividades ofertadas é que as crianças aprendam através de brincadeiras.
A oficina mais procurada é a “Robótica Sem Mistérios – Um desafio para Futuros Campeões”. Segundo o criador do curso e ministrante da oficina, Maurício Beltrão, uma fila em frente ao local das inscrições começa a ser formar a partir das 5h, no intuito das pessoas garantirem vagas.
Nas aulas dessa atividade, as crianças desenvolvem um robozinho com materiais reutilizáveis ou reciclados, que é apresentado ao final da oficina. Cerca de 40 crianças participam todos os anos. Beltrão comenta o sucesso da oficina. “Eu criei esse curso para o meu filho, pensando em facilitar e mostrar para as crianças que elas também podem criar e aprender sobre robótica. As crianças gostam e esperam um ano inteiro para poder participar”, explica.
Outra oficina, a “Vamos Brincar de Teatro?”, trata da imaginação e da criatividade pela brincadeira e pelos jogos para o teatro infantil. Ao final das aulas, os alunos apresentarão suas histórias para o público. A ministrante da oficina e técnica em produção cênica pela UFPR, Bruna Tavares, ressalta a importância dessa atividade. “É muito legal trabalhar no festival com as crianças. Essa proposta da brincadeira através do lúdico do teatro ajuda na questão da desenvoltura, a falar em público, a se soltar mais. As crianças das áreas mais carentes, periféricas, têm a necessidade de inserção e essas práticas quebram todas as barreiras de uma forma lúdica, que é a linguagem das crianças”, diz.
Para a mãe de Ingryd (7), Isabelly Semak, que levou a filha para a oficina de teatro, o festival é fundamental para o lazer das crianças. “Eu trouxe a Ingryd para a oficina e ela gostou muito. Como o festival acontece há bastante tempo, já faz parte da agenda de Antonina, e é maravilhoso pra elas gastarem toda a energia já que aqui não tem muito o que fazer”, completa.