dom 03 dez 2023
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Novo presidente do TRE-PR anuncia planos da próxima gestão

Rogério Coelho é eleito presidente do TRE-PR
Rogério Coelho é eleito presidente do TRE-PR

O atual desembargador e presidente-eleito do TRE conversou com a reportagem do Jornal Comunicação sobre sua trajetória e prometeu instalar sistema biométrico em Londrina e Maringá

Rogério Coelho é natural de Joaçaba, Santa Catarina. Mudou-se para Curitiba junto com os pais quando ainda tinha cinco anos de idade. Formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná, já exerceu as funções de juiz eleitoral nas cidades de Tibagi, Telêmaco Borba, Cascavel e Curitiba. Durante sua carreira, diversas vezes recebeu promoções por merecimendo. No dia 19 de novembro foi eleito presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e assume o cargo em fevereiro de 2013. Coelho se mostra feliz com a eficiência do processo eleitoral no estado, mas concorda que algumas melhorias devem ser feitas.

Jornal Comunicação: O senhor veio para Curitiba muito cedo. Podemos considerá-lo praticamente curitibano?

Rogério Coelho: Sim, com certeza eu sou curitibano. Moro aqui há muito tempo. Fiz aqui o primário e depois o ginásio no Colégio Estadual do Paraná, que era o melhor colégio da minha época. Eu mantive o padrão, modéstia parte, e depois fiz Universidade Federal. Toda a minha vida escolar foi em Curitiba.

E logo depois o senhor foi estudar em Coimbra?

Sim. Em 67 fiz um curso em Coimbra e depois passei mais quatro meses estudando em Paris. Fiz um curso de um mês. Estudei Direito Civil, Sociologia, e Inglês.

A partir daí, qual foi a sua trajetória até chegar à presidência do TRE?

Eu me formei em Direito em 1970 e exerci a advocacia. Advoguei até que em 1977 fiz concurso para magistratura, fui nomeado juiz substituto em Maringá, onde fiquei durante dez meses. Depois, fui nomeado juiz de entrância inicial em Tibagi, e exerci a função durante dois anos e dez meses. Fui promovido a Cascavel, onde fiquei até vir para Curitiba, em 1989. Em 1990 já passei a exercer como juiz eleitoral. Naquela época ficávamos durante dois anos. Eu fiquei os dois anos e depois fiquei exercendo minha função como juiz de Curitiba convocado ao Tribunal de juiz de Alçada. Fiquei praticamente um ano e depois fui convocado para o Tribunal de Justiça, em substituição do desembargador, até que fui promovido para um Tribunal de Alçada.

Quanto a essa nova gestão, existe algum projeto em especial?

Eu vou concluir alguns projetos, alguns programas iniciados na gestão do desembargador Kanayama, e tem alguns projetos novos que dependem evidentemente da questão orçamentária. Nós temos que preparar a eleição de 2014. Sempre temos um ano eleitoral e outro não, então já deixamos tudo preparado. Um dos planos na minha gestão é a biometria em Londrina e Maringá. Se houver possibilidade orçamentária, tentaremos instalar o sistema em mais uma cidade no Paraná. Mas a prioridade é realizar em Londrina e Maringá como foi feito em Curitiba.

Quais as atuais demandas do Tribunal?

As demandas são aquelas de sempre. Na questão eleitoral, nós vamos sempre procurando melhorar cada vez mais. À medida que se vai preparando a eleição, nós vamos verificando onde pode se melhorar mais. O Tribunal do Paraná tem sido exemplo em todos os estados. Nesse ano, com 18 minutos após o encerramento das eleições, pela quantidade de votos apurados, já sabíamos quem era o eleito. Estamos concluindo vários fóruns eleitorais, todos se possível na minha gestão, com um número relevante de eleitores. Ainda não podemos ter fóruns eleitorais em municípios pequenos, porque não compensaria. Mas vamos dotar de fórum eleitoral todas as urnas relevantes do estado. Nesse aspecto o Paraná também lidera, porque é um dos únicos estados que tem fóruns denominados fóruns eleitorais, onde o juiz exerce sua função eleitoral separado do fórum da justiça estadual.
Mesmo o Paraná sendo destaque, existe algumas coisas que precisam ser aprimoradas…
Sempre, sempre. Na atividade humana sempre existe. Estamos com falta de servidores, há uma reclamação sobre questão remuneratória. Sempre há essa necessidade e essa procura de melhora de condição de trabalho. E isso nós estamos implementando. Nós vamos procurar melhorar a nossa internet, para que os juízes tenham melhor acesso às decisões do tribunal. Também pretendemos concluir a implantação do processo judicial eletrônico, que na justiça federal, do trabalho e estadual já está acontecendo. Para isso nós dependemos do Tribunal Superior Eleitoral, que vai verificar qual é o modelo que se ajusta ao processo eleitoral. Na semana passada teve uma reunião da presidência ao lado do TSE com os coordenadores, visando essa ação. Nessa gestão, a corregedoria, junto com a presidência, colocou em prática a gravação de depoimentos em audiência, o que já é um primeiro passo para a implantação no processo judicial eleitoral.

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