“Toda banda de Curitiba sonha em vir tocar no Festival”. A declaração é do vocalista da banda Big Time Orchestra, Zorba Mestre, que comandou o show de abertura do 18° Festival de Inverno de Antonina neste sábado (05). O espetáculo contou com a participação especial da cantora Vanessa Jackson, vencedora da primeira edição do reality show Fama.
É a segunda vez que a banda se apresenta em Antonina. A primeira foi no Festival de 2007, quando tocaram na segunda-feira, mas o vocalista conta que possui uma relação mais antiga com o evento. “Toquei aqui em Antonina quando fazia parte de uma banda de faculdade e já era maravilhoso. Hoje, sem cabelo, muito mais gordo e muito mais velho a gente vem aqui [com a Big Time] e a emoção é a mesma. O povo é muito carinhoso”.
Big Time Orchestra e Vanessa Jackson se encontram nos palcos há cerca de quatro anos. “Rola uma amizade entre a gente e a cumplicidade é maravilhosa”, diz Vanessa. O baterista André Ricciardi conta que o contato inicial se transformou em uma parceria de forma espontânea. “A Vanessa Jackson ia assistir nossos shows em São Paulo e sempre dava uma canja, mas não era nada ensaiado. De tanto ela cantar com a gente, fomos criando um repertório”, comenta.
Shows no Paraná
Para Vanessa Jackson, festivais como esse são uma iniciativa importante, principalmente quando realizados em municípios do interior. “Eu tenho viajado muito e vejo isso, quando vou a algum lugar, principalmente no interior, o povo vai mesmo e prestigia”. Ela conta que são poucas as iniciativas semelhantes. “Tinha que ter o ano inteiro, é muito gostoso e o nosso público brasileiro é muito carente de show e música”.
A cantora explica também que tem sido bem recebida nas apresentações que realiza no Paraná. “O público me respeita demais, depois do Fama, as pessoas me respeitam, não só a crítica como o público brasileiro, pelo dom que eu tenho”.
Ricciardi aponta mais uma das grandes qualidades do Festival de Inverno: a possibilidade de fazer produções voltadas para grandes públicos. “Curitiba tem muitas casas de show, mas não tem espaço para pagar uma banda e colocar aberto ao público. Aqui você consegue reunir pessoas que querem ouvir a mesma música em um só local”. 