
Quatro meses atrás uma notícia provocou a revolta de todos aqueles que gostam de futebol: o Atlético jogaria o Campeonato Paranaense com um time sub-23, ou o time daqueles que não serviram para a disputa da série B do Brasileirão de 2012. A atitude provocou medo nos torcedores rubro-negros, alguns chegaram a cogitar até mesmo um possível vexame como o do Paraná Clube dois anos atrás, que conseguiu a proeza de cair para a série prata do fraco estadual.
O presidente do clube e mandatário das decisões adotadas, Mario Celso Petraglia, passou a ser visto como um arrogante que deixou o campeonato de lado para levar o time principal para um torneio com alguns times do leste europeu. E, mesmo com o título, as críticas se mantinham devido à desastrosa campanha do sub-23 no primeiro turno do Paranaense.
Todo esse contexto e essas críticas poderiam ser levadas em conta, não fosse a outra metade do campeonato. Agora entrosado, o “Ventania” passou a fazer uma campanha excelente, tendo perdido apenas um jogo e chegando ao título do turno com direito a uma exibição memorável contra o arquirrival Coritiba, que jogava com seu time principal. Do outro lado, a equipe principal chegou ao título da Marbella Cup e continuava invicta nas três partidas oficiais que disputou, frente aos fracos Brasil de Pelotas e América-RN, o qual já garantiu de forma antecipada a vaga para as oitavas de final da Copa do Brasil.
Chega-se a decisão frente ao verdão Coxa-Branca e a pergunta que fica, independentemente do resultado da final, é o de se valeu a pena. E a única resposta aceitável é o sim. Além de brigar pelo título, o Atlético ganha um elenco muito capacitado para a disputa da série A do campeonato nacional e ganha, acima de tudo, peças de troca para o técnico Ricardo Drubscky enfrentar o longo campeonato nacional sem o maior aliado, a Arena da Baixada.
A verdadeira prova de fogo do time principal acontece no próximo dia 25 frente ao campeão brasileiro Fluminense. Para este ano, o time terá o apoio da torcida, já que a Vila Capanema foi confirmada como a casa rubro-negra para a disputa do certame nacional.
Se o planejamento dará certo, apenas o tempo dirá, mas a recuperação de nomes como Douglas Coutinho, Zezinho, Hernani, Santos e Bruno Costa dão no mínimo a esperança de um algo a mais e a tranquilidade de passar longe da temida zona de rebaixamento.