Mantida nesta segunda-feira (24) por decisão unânime do Supremo Tribunal Federal (STF), a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes no último sábado (22), repercutiu nas redes sociais de deputados da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). O levantamento realizado pelo Jornal Comunicação — que levou em conta apenas postagens não-temporárias e realizadas nas plataformas Threads, Instagram e X — identificou que dos 56 parlamentares, pelo menos 23 manifestaram a sua opinião a respeito do tema. Destes, sete declararam apoio a Moraes e 16 criticaram o decreto.
Entre aqueles que celebraram a decisão do judiciário, estão os deputados Goura Nataraj e Requião Filho do Partilho Democrático Trabalhista (PDT); assim como Arilson Chiorato, Ana Júlia, Doutor Antenor, Luciana Rafagnin e Professor Lemos do Partido dos Trabalhadores (PT).

Enquanto a maioria dos deputados da oposição, no entanto, celebrou o ocorrido, parlamentares de alas mais à direita da base governista usaram suas redes para tecer críticas à decisão de Moraes. Dentre eles: Marcelo Rangel e Cobra Repórter, membros do Partido Social Democrático (PSD), o mais popular da Casa e a sigla à qual pertence o atual governador, Ratinho Júnior, que também demonstrou insatisfação com o decreto do ministro do STF no sábado, quando publicou em sua conta do X uma crítica voltada para a atuação do judiciário brasileiro no caso, ressaltando a condição de saúde debilitada de Jair Bolsonaro. “Ao meu ver, a prisão demonstra insensibilidade do Poder Judiciário. Ao ex-presidente e aos seus familiares, minha solidariedade. Triste Brasil!”, escreveu o governador.
Apesar de alguns deputados terem optado por não comentar o assunto, não houve divergências internas entre parlamentares de um mesmo partido que decidiram se manifestar. As críticas direcionadas ao STF, no entanto, variam em tom e justificativa. Parte delas aponta uma suposta ilegalidade nos procedimentos adotados por Alexandre de Moraes, como afirmaram Derlan Couto (PODEMOS), e Flávia Francischini (União Brasil). Outras enfatizam o que alguns parlamentares classificaram como uma falta de sensibilidade do tribunal diante do quadro de saúde de Bolsonaro.
Segundo publicação do deputado Gilberto Ribeiro, do PL, o Judiciário teria ignorado o “fator humano” da decisão, o que, segundo o parlamentar, representaria uma violação ao “direito ao cuidado que deve ser garantido a qualquer cidadão”.
Confira a lista de parlamentares que se pronunciou sobre o ocorrido:
Editado por Alana Morzelli


