qua 19 nov 2025
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Festa Preta-Indígena celebra orgulho negro e presença indígena em Curitiba

Em alusão ao mês da Consciência Negra, o evento reuniu diversas atividades culturais e debates sobre a temática

Por Luísa Druzik de Souza

A Festa Preta-Indígena movimentou a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) nesta quarta-feira (19), com uma programação voltada à valorização das identidades negra e indígena. 

Organizado pelo núcleo de questões étnico-raciais da UTFPR, o NEABI, o evento integrou as ações de novembro, mês dedicado à Consciência Negra e ao orgulho negro, reforçando o papel da universidade como espaço de memória, reparação e reconhecimento.

Ao longo do dia, a programação reuniu oficinas, apresentações artísticas e debates. Entre as atividades, houve apresentação do coral Crianças Kakané Porã e a oficina de maquiagem artística ministrada por artistas negros, que trouxe para o campus discussões sobre estética, identidade e representatividade. Também foram propostas ações que dialogam com movimentos culturais surgidos nas periferias e ligados a pessoas LGBT+ e queer, destacando como esses grupos ocupam e transformam os espaços urbanos e acadêmicos.

Sarau literário sobre literatura indígena com participação de Olívio Jekupé e Jovina Kaingang. Foto por: Luísa Druzik.

“O evento foi feito justamente para valorizar a nossa construção identitária, entender que quem faz parte dessa base de quem nós somos hoje são os povos negros e os povos indígenas, e reconhecer todo o papel dessas populações na construção do que chamamos hoje de Brasil”.

Júlio Rodrigues

Para o mestrando em Estudos de Linguagem e voluntário do núcleo, Júlio Rodrigues, a festa tem um papel central na reflexão sobre quem constrói o Brasil. “O evento foi feito justamente para valorizar a nossa construção identitária, entender que quem faz parte dessa base de quem nós somos hoje são os povos negros e os povos indígenas, e reconhecer todo o papel dessas populações na construção do que chamamos hoje de Brasil”, diz.

Em uma cidade muitas vezes marcada pela falsa ideia de ser “apenas europeia”, como lembra Júlio, o evento evidencia a presença e a importância desses sujeitos na vida acadêmica e cultural, afirmando que eles não só estão aqui, como são essenciais para pensar uma Curitiba mais diversa.

Editado por Juliana Levandovski

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