O Festival de Curitiba 2025 chegou ao fim no último domingo (6). Dentre os espetáculos que encerraram o maior festival de teatro da América Latina, estava o Mish Mash, uma apresentação que, ao longo de 1 hora e meia, combina números de palhaçaria, malabarismo, dança, mágica e muita música e proporciona diversão e alegria para públicos de todas as idades.
Com duas sessões, uma no sábado (5) e outra no domingo (6), o Mish Mash foi apresentado no Teatro UP Experience e trouxe artistas locais, de diversas regiões do país e até mesmo internacionais para os números performáticos. Criado em 2008, o Mish Mash integra uma das categorias de espetáculos do Festival de Curitiba, ao lado da Mostra Lúcia Camargo, Fringe, Risorama, Gastronomix, Guritiba, Interlocuções e Mostra Surda de Teatro. Assim como seu nome em inglês sugere, a apresentação é uma verdadeira mistura de elementos, que combina aspectos teatrais e circenses.
“Nós batizamos esta edição de Histórias Fantásticas porque recebemos artistas com histórias fantásticas e um público com histórias fantásticas. Queremos que o Mish Mash se torne exatamente isso para o público: uma história memorável, que as pessoas vão contar para os outros — uma história fantástica”, comenta Rafael Alípio, curador, diretor geral e mestre de cerimônias do Mish Mash.
Alípio atua nessa categoria do festival desde 2015 e reflete sobre a evolução do show ao longo dos anos. Em entrevista ao Jornal Comunicação, o diretor explicou que, especialmente nas edições iniciais, quando havia trocas anuais de direção, o Mish Mash enfrentava dificuldades para consolidar seu público e sua identidade, já que cada edição era bastante diferente da anterior.
“O que eu vejo nesse tempo todo à frente do projeto é que conseguimos fazer com que as pessoas queiram ver o Mish Mash especificamente. Independente da formação ou dos artistas presentes, as pessoas já compram os ingressos. A cada ano, a procura aumenta e os ingressos se esgotam ainda mais rápido. É uma grande evolução”, explica.
O diretor também comemorou a alta demanda do público, que resultou na abertura de uma apresentação extra na tarde de sábado. Neste ano, o público foi encantado por números de palhaçaria, verdadeiros balés com bambolês, performances impressionantes de malabarismo e truques de mágica.
A estudante Cecília Cordeiro Lullez, 12, é fã de carteirinha do Mish Mash. A menina conta que ela e sua família já assistiram a 4 edições do espetáculo e o de 2025 “Foi um dos melhores que já tiveram”, de acordo com Cecília. A estudante ainda compartilha alguns de seus momentos favoritos da apresentação: “As partes que mais gostei foram dos números de malabarismo e das taças de cristal”.
Já a técnica administrativa Thais Handar, 40, também estava na plateia e descreve de forma bastante positiva sua primeira experiência com o Mish Mash. Thais conta que, em um primeiro momento, imaginou que a peça seria algo somente para o público infantil, entretanto, o Mish Mash acabou revelando-se como um entretenimento agradável para todas as idades:
“Achei um espetáculo bem bacana, com cada um dos artistas tendo uma maneira bem individual e interessante. Achei legal quando mencionam que muitos deles são artistas de sinaleiro, de circo, que não tem todo um glamour e ali no palco, durante o espetáculo, foi tudo tão glamuroso, uma experiência super válida”, completa.
Quem também estava assistindo à peça, mas de uma outra perspectiva, era o fotógrafo Rodrigo Leal, 45. Leal cobre o Festival de Curitiba há cerca de 5 anos, cobrindo peças do Risorama, Fringe, e claro, o Mish Mash. A edição de 2025 é o terceiro ano em que o fotógrafo trabalha com a peça. Ao ser questionado sobre o que torna o Mish Mash tão singular em meio aos demais espetáculos, Leal comenta: “É a magia do circo sendo apresentada em sua plenitude, atendendo todos os públicos, em especial famílias com crianças.”