sex 29 mar 2024
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Mobilizações em Curitiba têm a UFPR como ponto de apoio

As mobilizações dessa quinta-feira (11) em Curitiba foram iniciadas por meio da assembleia ocorrida no pátio do Campus da Reitoria. O ato – que integra uma paralisação nacional – teve início às 10h20, com integrantes do Diretório Central de Estudantes (DCE), da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR-SSind), e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest).
Os principais pontos tratados pela assembleia permearam a Estatuinte da Universidade. Nesse quesito, alunos clamaram sobre assédio moral na instituição. Astrid Baecker, vice-presidente da APUFPR considera de grande importância a garantia de uma Estatuinte mais democrática. “É necessário reconhecer que ainda existe assédio moral dentro da universidade. Desse modo, precisamos garantir que esse embate garanta um novo Estatuto”, disse.

As três categorias discutem sobre os principais pontos da mobilização. Foto: Dayane Saleh

As categorias

A mesa foi formada por representantes das três entidades. Ao iniciar sua fala, a estudante de geografia, Daniele Oliveira (DCE), afirmou que o Estatuto atual precisa ser reformulado, a fim de atender à democracia interna. “Queremos paridade de votos. O Estatuto de hoje é anterior à ditadura militar”, comentou. Ela ainda garantiu que a união das três categorias nesse momento é fundamental.
A presidente do Sinditest-PR, Carla Cobalchini, direcionou sua declaração às manifestações que o país está presenciando. “Estamos fazendo parte de um momento único no país”, disse. Ela também tratou sobre a greve de 2012, afirmando que a inflação precisa ser contemplada na forma de reajuste salarial, que deve ser pago até 2014.
O presidente da APUFPR João Negrão garantiu que hoje é somente mais um dia de luta dos trabalhadores. “Há a sensação que os movimentos que estão ocorrendo no Brasil se iniciaram nas redes sociais. Mas isso vem de um longo processo anterior”, afirmou. Ele também argumentou que existem tensões na universidade, que precisam ser contempladas por uma Estatuinte mais democrática.
Outras falas na assembleia envolveram integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), e da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB). As afirmações englobaram as manifestações, assim como a necessidade de democratização dos meios de comunicação no país e de uma reforma universitária.
O ato também cedeu espaço para explicações sobre a Marcha das Vadias e questões como saúde e educação pública, redução da jornada de trabalho, reforma agrária, além da oposição ao Projeto de Lei 4330, que amplia a terceirização na universidade.
Hoje às 16h, a comunidade acadêmica da UFPR estará presente no ato público do Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações, na Praça Rui Barbosa.

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