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sex 18 out 2024
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Movimento popular em Curitiba tenta impedir corte de árvores para obras do novo Inter 2

Mudanças na avenida Arthur Bernardes causam polêmica e alertam especialistas

O projeto do novo Inter 2 prevê o corte de centenas de árvores em Curitiba, entre elas, 237 na avenida Presidente Arthur Bernardes, até então conhecida pela sua extensa cobertura vegetal. A via, que liga o Portão ao Seminário, possui um Cinturão Verde em seu canteiro central, conhecido como parque linear, que contém academias a céu aberto, quadras de esporte, ciclovias e um espaço calmo para seus frequentadores. 

Temendo perder o espaço, moradores da região se organizaram e criaram um movimento para tentar impedir o corte das árvores. O “SOS Arthur Bernardes” vem cumprindo papel importante na conscientização da população sobre toda a situação. Kelly Ester, uma das moradoras envolvidas no movimento, comenta a relevância que a estrutura atual da via tem para moradores do entorno e capital. “O parque linear da avenida Arthur Bernardes é de extrema importância não só para a região, mas para toda a cidade, contribuindo com uma vegetação consolidada, com a presença do córrego Vila Izabel e com uma infraestrutura de esporte, lazer, comércio local e transporte significativos para toda a comunidade”. 

Os moradores da região não enxergam o parque linear da avenida como um simples espaço, mas um local de memórias e laços. Para a urbanista Laís Leão, fundadora da InCities – organização social que atua articulando iniciativas em prol de cidades mais seguras para mulheres -, mestre em gestão urbana, “os espaços públicos são responsáveis pela criação de vínculos. Ali na Arthur Bernardes, por exemplo, a comunidade possui uma relação de afeto com aquele local. Naquele espaço elas encontram amizades, combinam de ter momentos agradáveis com as pessoas, praticam esportes… é um lugar de acolhimento”, observa.

Academia ao ar livre, espaço comum de socialização na avenida/ Foto: Gabriel Costa – Jornal Comunicação UFPR

O projeto  

O novo Inter 2 faz parte do Projeto de Mobilidade Urbana Sustentável de Curitiba e é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com contrapartidas do Município. Lançado pela Prefeitura em dezembro de 2020, a mudança nas linhas “deve permitir fazer obras em 28 bairros de Curitiba, com canaleta exclusiva de ônibus para o Inter 2”, segundo o prefeito Rafael Greca, em vídeo publicado em suas redes sociais. 

Tubos da linha Inter 2 na Avenida Arthur Bernardes/ Foto: Gabriel Costa – Jornal Comunicação UFPR

O planejamento conta com sete lotes, que representam sete locais diferentes de intervenção nos mais de 38 km da linha do ônibus. Entre as intervenções já realizadas em alguns pontos da obra estão: terraplanagem, drenagem pluvial, iluminação, semaforização, paisagismo e pavimentação.   

Até agora, os dois lotes que causaram mais polêmicas foram o quatro, que engloba Capão da Imbuia e Tarumã, e o lote um, que reúne os bairros Portão, Vila Izabel, Seminário e Santa Quitéria. Os motivos das controvérsias, no entanto, foram distintos. 

Englobada no lote quatro, a avenida Victor Ferreira do Amaral é uma das vias mais importantes da cidade, sendo responsável pela ligação de Curitiba e Pinhais, passando por bairros populosos como o Tarumã. Em dias normais, a avenida já é conhecida pelo trânsito intenso, mas, durante as obras, a situação se agravou, como relatado em reportagem de Gustavo Gomes, estudante de jornalismo da UFPR. A lentidão das obras irritou moradores, comerciantes e trabalhadores da região, que abriga o shopping Jockey Plaza, o maior da cidade. 

O projeto também gerou discussão quando foi construída a nova Estação Agrárias. O tubo, localizado na rua dos Funcionários, em frente ao Campus Agrárias da UFPR, teve o custo de R$ 4 milhões. A justificativa do valor, de acordo com a fala do prefeito Rafael Greca, é de que o modelo traz inovações como conforto térmico, monitoramento em tempo real do sistema e geração de energia fotovoltaica. Porém, os usuários da linha não perceberam mudanças significativas, como por exemplo a ausência de um banheiro para o cobrador.

Ausência de banheiro na estação tubo Agrárias/ Foto: Gustavo Gomes – Jornal Comunicação UFPR

Impactos no meio ambiente 

O projeto entra em embate com diversas pesquisas realizadas nos últimos anos sobre a importância das árvores em contexto urbano. Em especial, a respeito do ciclo da chuva, em que as árvores cumprem papel essencial nos processos de infiltração e interceptação da água das chuvas, evitando enchentes. Além disso, segundo estudo publicado na revista científica Nature Communications, áreas arborizadas são até 12°C mais frias que espaços urbanos verdes sem árvores.

A área verde no canteiro central da avenida contribui para amenizar a temperatura/ Foto: Gabriel Costa – Jornal Comunicação UFPR

Outro fator de discussão do projeto é a construção de um miniterminal e a facilitação da passagem de veículos na região. Para realização dessa obra, seria necessária a impermeabilização de uma extensa faixa de solo natural na avenida. Com tragédias recentes, como as enchentes no Rio Grande do Sul, a discussão sobre a necessidade de preservar as vegetações dentro de centros urbanos se tornou ainda mais relevante.

Vegetação densa no canteiro central da avenida/ Foto: Gabriel Costa – Jornal Comunicação UFPR

A Prefeitura justificou, em nota, que mesmo com os cortes a Arthur Bernardes continuará sendo um corredor verde. Além disso, estaria previsto a compensação obrigatória de árvores e o plantio de mais de cinco mil novas mudas em outros bairros da cidade. Porém, esse último ponto incomodou moradores da região afetada. “Por mais que a Prefeitura coloque que haverá plantio de mudas como medida de compensação, a gente acredita que nesse momento não se justifica a supressão de árvores adultas de um ambiente, um ecossistema estabelecido como esse, para o plantio de mudas”, avalia Kelly Ester. 

Discussão Pública

Nós queremos ser ouvidos

Felipe Fils, integrante do SOS Arthur Bernardes

No dia 13 de setembro foi realizada uma audiência pública na Câmara dos Vereadores a respeito do corte das árvores, mas a Prefeitura de Curitiba não enviou representantes. Segundo Felipe Fils, também membro do SOS Arthur Bernardes, “várias etapas de diálogo popular e discussões entre Prefeitura e moradores não foram respeitadas… nós queremos ser ouvidos”. 

No dia 9 de setembro o Ministério Público do Paraná (MPPR) concedeu uma liminar que suspendia a derrubada das árvores, depois de diversas críticas da população.  Mas já no dia 17, O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) autorizou a retomada da retirada da área verde. Em entrevista ao Jornal Plural, o desembargador Leonel Cunha justificou a decisão: “Não se mostra razoável, neste momento processual, que o Judiciário suspenda a obra, a qual está sendo executada com base em licenças ambientais emitidas pelo órgão competente, bem como visa a melhoria das condições de mobilidade urbana da população do município de Curitiba”. 

A mobilização de dezenas de moradores ao criar o “SOS Arthur Bernardes”, vem dando resultado. Em apenas três meses de conta, o perfil do movimento já soma mais de 3.400 seguidores no Instagram, sendo voz ativa politicamente na cidade. Mesmo com sucesso nos números, os membros não pretendem descansar tão cedo. “Se for preciso acamparemos lá [na avenida], mas nenhuma árvore será cortada”, comenta Adriana Carvalho, militante na causa.

O Jornal Comunicação entrou em contato com a Prefeitura para mais informações, porém não obteve resposta. 

Ficha Técnica

Autor: Gabriel Costa

Editor: Gustavo Gomes

Orientação: Cândida de Oliveira

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