A exibição de estreia do documentário Massacre 29 de abril foi vetada pela Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, por decisão da procuradoria jurídica no fim da tarde de ontem (28). O vídeo jornalístico retrata os acontecimentos do dia 29 de abril, no Centro Cívico de Curitiba, quando professores foram impedidos de acompanhar sessão da Assembleia Legislativa do Paraná.

(Foto: Divulgação)
A produção audiovisual, de 45 minutos, foi organizada por estudantes e professores do curso de Jornalismo da UEPG, com apoio do projeto de extensão Lente Quente, do programa de extensão Agência de Jornalismo, da TV Comunitária de Ponta Grossa e do Sinduepg. O documentário mostra entrevistas com professores, estudantes e servidores da UEPG que estiveram presentes no trágico episódio. Fotos e vídeos exibem os momentos em que a polícia agride os manifestantes.
Realizadores e entidades apoiadoras repudiam a determinação da Prefeitura e questionam a restrição autoritária de acesso a um aparelho cultural público como o Cine Teatro Ópera.
“Trata-se de um produto cultural valioso, um filme inédito no país, produzido em Ponta Grossa. Isso deveria ser motivo de orgulho da cidade e não de censura por parte da Prefeitura”, afirma o jornalista e professor Rafael Schoenherr, diretor do documentário e representante dos Campos Gerais no Conselho Estadual de Cultura.
O documentário será exibido em cidades do Paraná e de outros estados nesta sexta-feira, 29, quando se completa um mês do fato no Centro Cívico. Em Ponta Grossa, a decisão dos realizadores foi deslocar a exibição para o grande auditório do campus central da UEPG, às 20h, na sexta-feira, dia 29.