qui 21 nov 2024
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Olimpíadas movimentam bares e destacam amor brasileiro pelo torcer

A foto que motiva esta reportagem é de autoria desconhecida. O passeio brasileiro contra a Espanha em vitória por 4 a 2 parou o país, como é o hábito do futebol nas rodadas decisivas.  Nas quartas, o 1 a 0 contra a França, a desconfiança era maior e a surpresa também foi. É impossível mensurar o tamanho do efeito pós-pandêmico no espectador do esporte nos bares e botecos, mas a procura ainda é alta, como é a paixão do brasileiro pelo torcer.

O vencer também tem muito papel nessa relação até tóxica com o esporte. O perder, porém, é visto de outra maneira nas Olimpíadas. O bronze e a prata são comemorados. Não tanto, mas são bem comemorados. A reportagem teve sorte, e acompanhou a medalha de ouro de Duda e Ana Patrícia no vôlei de praia, no Zezito’s, bar tradicional da região do Água Verde, em Curitiba (Dom Pedro I, 345).

O estabelecimento não mudou sua rotina pela disputa olímpica, atesta o garçom George Oliveira. Os donos Caroline Negrão (filha) e Juca (pai) colocam religiosamente, das 17h30 – quando abre – à meia noite – quando fecha – esporte de todos os tipos para passar nos telões. Até o hockey na grama, vencido pela Holanda nos pênaltis contra a Alemanha, movimentou a clientela, quando não estava passando futebol.

O Esporte Mais Popular Do Mundo, aliás, atraiu a torcida por lá. Oliveira comenta a surpresa da vitória contra a França e a descrença antes do jogo contra a Espanha. Até os funcionários que não tem gosto pelo esporte passam a admirar, tanto é a insistência em ter jogos passando a todo o momento.

O garçom fez até amizade por isso. Não acompanhava o tênis e passou a gostar quando, sem querer, parou para acompanhar o Aberto da Austrália. Nestas Olimpíadas, aproximou-se de grupo de torcedores assíduos do esporte que marcavam encontros no Zezito’s para acompanhar a pequena bola amarela, ou verde, depende do ponto de vista.

Todo esporte passa, mas a resposta é padrão: a torcida pelo Brasil é o que mais gera apelo entre os clientes. Bar, mesmo assim, estará fechado para a final feminina do futebol, neste sábado ao meio-dia (confira agenda completa ao final deste texto). 

Mãe, pai e filha comemoram o ouro de Duda e Ana Patrícia, no vôlei de praia. Foto: Jornal Comunicação

O Cartolas, na Emiliano Perneta 880, vai passar o embate entre Brasil e Estados Unidos. Simone Rodrigues, dona, diz que o público aumentou a cada vitória e que terá demanda fora do comum neste sábado. Um ponto difere. A expectativa é de que massiva maioria seja de mulheres, ao contrário dos 70% de homens, que é a rotina.

“Para a final a procura é imensa, imensa, imensa. Tivemos que reforçar a equipe, a cozinha. A procura é de 95% de mulheres para o jogo, o bar é esportivo, geralmente 70% do público masculino”

O futebol é carro chefe e Simone reconhece. Mesmo assim, o Cartolas teve bastante apelo para vibrar com Rebeca Andrade, Júlia Soares, Flávia Saraiva e Jade Barbosa na ginástica artística. O vôlei feminino também trouxe muita gente, apesar da queda inesperada nas semifinais. Decisão do bronze é neste sábado, confira: 

Agenda olímpica brasileira deste sábado (10/08)

  • Semifinais – pentatlo moderno feminino, esgrima (Isabela Abreu) – 5h10
  • Semifinais – canoagem 1.500 metros feminino (Ana Paula Vergutz) – 5h50
  • Semifinais – canoagem 1.200 metros feminino (Conceição do Nascimento) – 6h50
  • Final – levantamento de peso feminino, 81kg (Laura Amaro) – 11h
  • Final – futebol feminino (Brasil x Estados Unidos) – 12h
  • Disputa de terceiro lugar – vôlei feminino (Brasil x Turquia) – 12h15

Agenda olímpica brasileira deste domingo (11/08)

  • Cerimônia de encerramento – 16h

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