sex 19 abr 2024
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Aluno da UFPR está entre os três finalistas do Prêmio Caixa com uma bicicleta movida a ar

O projeto feito por um aluno da Universidade Federal do Paraná (UFPR) está entre os três finalistas do 5º Prêmio Caixa de Projetos Inovadores com Aplicabilidade na Indústria, que integra a 9ª Feira Eletromecânica e Construção Civil (Eletrometalcon).

Há nove anos realizada pelo Senai, Sindimetal e Sinduscon, o objetivo da premiação é estimular a relação entre “Universidade x Empresa”, trazendo ao público projetos inovadores nos âmbitos técnicos e tecnológicos.

O projeto, que consiste em uma bicicleta movida a ar, foi feito por Jackson Krinski, aluno de Engenharia Elétrica. Ele explica que o conceito surgiu a partir de necessidades socioambientais. “Precisamos de novas formas de energia, mais limpas. Não só isso, a bicicleta é estruturada com a lataria de veículos descartados. Ou seja, damos um destino para esse material que, normalmente, é lixo”, comenta.

A bicicleta pode ser reabastecida pedalando
Foto:sudimasuites.com

Como funciona?

A energia usada nessa bicicleta é o ar comprimido, que é sustentável e reutilizável. “É um recurso abundante, que depois que usamos, volta a sua forma original, sem prejudicar o ambiente”, explica Krinski. Para abastecer, podem ser usadas bombas de ar comprimido de postos de gasolina, as mesmas que calibram pneus. O usuário também pode reabastecer a bicicleta pedalando.

Krinski conta que uma das melhores coisas da Eletrometalcon é a divulgação do trabalho e valorização dos estudos. “Até a feira, tínhamos só um projeto escrito, mas agora alguns investidores já apareceram. Também é uma boa oportunidade de demonstrar trabalho, um lado criativo do engenheiro. O mercado está cheio de engenheiros regimentados, inovação é muito interessante”.

Edemir Luiz Kowalski é professor na UFPR e foi o orientador de Krinski no projeto. “Toda a ideia partiu dele, que veio recorrer a mim só para um apoio dentro da universidade. Uma ideia criativa, que traz muito para sua formação acadêmica e profissional”, afirma Kowalski. Ele conta também que o projeto foi importante para impulsionar outros alunos a enxergar novas possibilidades dentro de diversas áreas da engenharia. “A repercussão do projeto despertou a atenção de vários departamentos dentro da universidade”, comenta o professor.

O aluno da UFPR também se destacou por ainda estar na graduação, sendo que os outros dois competidores se inscreveram no prêmio com projetos de doutorado.

Os vencedores levam, fora o reconhecimento, um prêmio em dinheiro: 1º lugar – R$100 mil; 2º lugar – R$5 mil; 3º lugar – R$3 mil. Entre os outros finalistas, estão a Universidade Estadual de Maringá (UEM), com concreto autoadensável feito com cinza do bagaço de cana-de-açúcar; e a Universidade Federal de São Carlos (UFscar), com linha de montagem para a produção de habitações em Light Steel Frame.

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