qua 01 maio 2024
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As festas universitárias estão cada vez mais lotadas

Entre os universitários, uma combinação faz muito sucesso: open bar e música. As festas universitárias são famosas por atender esse desejo e reunir milhares de jovens em chácaras e grandes espaços ao ar livre. Exemplos não faltam. No último dia 4, o F.I.L.E.T do Conselho de Estudantes do Setor de Tecnologia da Universidade Federal do Paraná (C7), conhecido por ser a maior festa da Universidade Federal do Paraná (UFPR), comemorou 5 anos e 11 edições do evento.

Para garantir uma festa de qualidade, é preciso uma grande mão-de-obra, muita bebida e comida, além de um bom local e atrações musicais. Fernanda Pimentel, estudante de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia da UFPR e uma das organizadoras do F.I.L.E.T e da Cervejada do C7, explica que para dar conta de tantas tarefas é comum recorrer a patrocinadores. “Sabemos as quantidades [de alimentos] pela experiência de várias edições das festas, e por isso nos organizamos com antecedência para buscar patrocínios e bons fornecedores. Com a proporção que as festas vêm tomando, às vezes acontece de os próprios patrocinadores nos procurarem”, comenta Fernanda. O FILET conta com a presença média de 3 mil pessoas e junto com a Cervejada do C7 são as festas mais tradicionais dos cursos de Engenharia da UFPR.

A maior preocupação dos organizadores é atender às expectativas de quem vai às festas. “O principal foco de todos os eventos é agradar a galera. Cada mínimo detalhe é pensado para o público ficar satisfeito. Os universitários estão cada vez mais exigentes, o que é bom e faz o nível das festas crescer ainda mais”, completa a estudante.

A 11ª edição do FILET aconteceu no dia 4 de maio e reuniu cerca de 2700 pessoas. Foto: Organização FILET

Quem fica com o dinheiro?

Os valores arrecadados nas festas vão para os Centros Acadêmicos (CA) e para ações beneficentes. Como exemplo, na Cervejada do C7 o ingresso é a doação de alimentos e o dinheiro levantado durante o evento é repassado para o caixa dos CAs, do Setor de Tecnologia. Já no F.I.L.E.T, que na última edição chegou a vender ingressos por R$ 40, o lucro é destinado a financiar projetos dos estudantes do Setor de Tecnologia.

A Costelada, festa tradicional do curso de Agronomia da UFPR, destina parte do lucro para o próprio Centro Acadêmico, mas também para o Lar Moisés,  instituição que ajuda crianças carentes, no bairro Cajuru. Um dos organizadores do evento, José Basseto, conta como surgiu a vontade de ajudar o Lar. “Foi uma ideia que tivemos na última edição [8ª Costelada da Agronomia], de pensar um pouco no bem dessas crianças. A gente sempre [os] visita, é uma realidade muito diferente da nossa, vale a pena conhecer”, conta Basseto.

Agradando gregos e troianos

Escolher a música que vai tocar pode ser bem complicado quando se tem um público tão misto. A maioria das festas aposta no pop, eletrônico e sertanejo, além de dar oportunidade para bandas de alunos se apresentarem. A exceção é a Frangada, festa de Design da UFPR, que reúne cerca de 1,2 mil pessoas. Os organizadores apostam no indie e no pop, estilos de música que agradam os estudantes de Design e de outros cursos, como Comunicação Social, que comparecem ao evento justamente pela variedade musical.

As dificuldades não param na caixa de som. Existem complicações de burocracia, dinheiro, fornecimento e divulgação. Um dos organizadores da Frangada, Victor Maróstica, relata a pressão de se organizar uma festa para tantas pessoas. “Por mais cedo que se comece a organizar, sempre existem empecilhos que ninguém imagina que apareceriam. Contratar serviços também é uma coisa complicada, pois como o orçamento é limitado, temos que gastar pouco com um serviço de qualidade e que não nos deixará na mão”, explica.

Bebida, música boa e gente interessante

Bruna Holler, estudante de Engenharia de Produção, mora em São Bento do Sul e conheceu as festas universitárias através de uma amiga de ensino médio, que veio estudar em Curitiba. Depois de ir pela primeira vez no Churrasco 1, 2, 3, 4, de Medicina da UFPR, passou a vir frequentemente com amigas em muitas festas deste tipo. “Eu gosto de conhecer pessoas diferentes e sinceramente, o que acho que não pode faltar é bebida e música boa”, diz a estudante.

A opinião é compartilhada por Rafael Camargo, responsável pelo site Clube Universitário, que cobre churrascos, festas, viagens universitárias, desde 2009. “Acredito que este público gosta desses eventos, primeiramente, pela oportunidade de conhecer pessoas novas. Acredito que outro atrativo seja o valor. Os universitários acabam tendo direito à comida e bebida livre e uma grande diversidade de músicas, por um preço único”, diz Rafael.

O canecão de chopp virou o maior símbolo das festas universitárias.
Foto: Organização FILET

O que vem por aí

  • ExtravASA Calouro:
    O churrasco de recepção dos calouros dos cursos de Administração, Economia, Ciências Contábeis e Gestão da Informação da UFPR, acontece dia 18 de maio. Os ingressos já estão no terceiro lote e custam de 30 a 35 reais.
  • Embebeda Calouro:
    A terceira edição da festa de recepção de calouros de todas as faculdades será dia 18 no Recanto Sertanejo, em São José dos Pinhais. Os ingressos do segundo lote custam de 25 a 35 reais.
  • Frangada:
    A festa de Design acontece no dia 19, na Chácara do Apavoro, em Piraquara. Os ingressos estão no segundo lote por 26 reais.
  • Costelada:
    A nona edição da festa de Agronomia está marcada para dia 8 de junho no Recanto Sertanejo, em São José dos Pinhais. O ingresso do segundo lote custa 35 reais.
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