Na tarde desta quinta-feira (08), os moradores da Rua Francisco Rocha foram surpreendidos pelo corte de quatro árvores em sequência. A solicitação para a medida, no entanto, não foi registrada no site da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) de Curitiba.
De acordo com a Lei Municipal n° 15376/19 da prefeitura, a partir de janeiro de 2020, todos os cortes e podas de árvores, sejam elas públicas ou privadas, devem passar por pedido de autorização pela SMMA. O sistema de busca para esses pedidos de poda funciona a partir do endereço em que as árvores estariam localizadas e do mês de referência da sua extração.
Para a moradora Thaisa Salles, empreendedora no ramo da gastronomia para animais, as árvores da cidade estão em constante ameaça, e a situação é preocupante. “Eu moro próxima à Peixaria Trapiche, inaugurada no final de 2023. Quando eles estavam terminando a reforma, cortaram uma árvore que era linda, e o corte foi feito à noite, para ninguém ver. Infelizmente, em Curitiba, isso é habitual. Ou é a iniciativa privada ou são os próprios órgãos públicos cortando as árvores, sem maiores burocracias”, complementa Thaisa.
Confira abaixo o vídeo feito hoje pela moradora.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente ainda não se pronunciou sobre o caso.
Árvores da Arthur Bernardes
A afirmação de Thaisa não destoa da realidade vivida em outras regiões de Curitiba, como é o caso da Rua Arthur Bernardes, que atravessa diversos bairros da capital paranaense e está com seu corredor verde com dias contados.
A iniciativa faz parte de um plano de ampliação da linha do Inter 2. Um dos pontos dessa obra passa pela rua Arthur Bernardes, e prevê a derrubada de 237 árvores da região. No entanto, os moradores alegam que a remoção das plantas não estava indicada no projeto aprovado na licitação que envolve a prefeitura.
Para reverter a situação, o grupo que reside no entorno da rua se reuniu para a criação de um perfil no instagram, @sosarthurbernardes, a fim de buscarem seus direitos. Além dessa iniciativa, também estão coletando assinaturas no abaixo-assinado contra a derrubada das árvores, que está disponível no link.