O documentário “Pulmão de Pedra”, de Luiz Fernando Hanysz, é um alerta sobre os riscos da exposição ao amianto pelo ponto de vista das memórias e experiências de trabalhadores que, sem saber, inalavam diariamente um mineral altamente cancerígeno.
Também conhecido como asbesto, o amianto foi amplamente usado no Brasil durante décadas na indústria da construção civil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a proibição do uso do material, já que a exposição ao mineral está relacionada à ocorrência de doenças como câncer de pulmão, asbestose e mesotelioma. O uso do amianto foi tardiamente proibido no Brasil em 2017, mas as sequelas ainda estão presentes naqueles que tinham nele o seu sustento.
O filme, produzido em 2021 como Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo pela UFPR e orientado pela professora Valquíria Michela John, reúne depoimentos de trabalhadores vítimas de exposição ao amianto, suas graves consequências na saúde e os desafios em receber as devidas indenizações.
Ainda foram ouvidos pneumologistas que atestam os perigos no uso do material, bem como profissionais da área do direito que configuram o caso como um dos mais emblemáticos no que diz respeito à segurança do trabalho no Brasil. Segundo o autor, a realização do trabalho também foi motivada pela atitude das empresas do setor em defender a exploração do material, numa batalha política que perdura mesmo após a sua proibição.
O trabalho foi vencedor da Expocom Sul 2022 na categoria “Documentário jornalístico e grande reportagem em vídeo e televisão”. O prêmio é destinado aos melhores trabalhos experimentais produzidos por estudantes no campo da Comunicação.
Confira o material completo abaixo: