
Por mais que se tente fugir, as consequências de uma sociedade sedentária causam desconforto. Além disso, é difícil encontrar um exercício que se adapte ao estilo de cada um. A solução para esse impasse vem tomando corpo com práticas alternativas, como o Hoop Dance: uma dança que utiliza o bambolê e vem conquistando cada vez mais adeptos.
Popularizado nos Estados Unidos no final dos anos 1950, o Hoop Dance foi trazido para o Brasil por jovens que conheceram a prática e decidiram implantar por aqui. “A dança consiste em inúmeros ‘truques’ realizados com o bambolê em diferentes partes do corpo. Com a utilização dele como elemento de interação ou como uma extensão do corpo, enquanto se realizam os movimentos em harmonia com a música”, conta Deby Dai, professora e uma das precursoras da prática em Curitiba.
Ainda que exista uma competição mundial de Hoop Dance desde 1991, o movimento só foi conhecido no Brasil a partir de 2011. Hoje, a prática é difundida pelo movimento BamBamBam, e já é muito comum no Rio Grande do Sul e em São Paulo. O bom e velho “brinquedo de criança” se transformou em uma atividade interativa praticada em parques e eventos ao ar livre. Ela é mais indicada para adultos e os bambolês devem ter o peso e circunferência adequados a cada praticante.
Por ser uma atividade recente, ainda é complicado para os adeptos que procuram esse bambolês adaptados. Para a praticante de Hoop Dance, Thalita Cantos Lopes, a maior dificuldade é a falta de adeptos. “Sempre tentamos marcar encontros de bambolê no parque, mas pouquíssimas pessoas aparecem. Eu acho que isso se deve muito à falta de informação, as pessoas sempre pensam em bambolê como aquela brincadeira de criança e não pensam em como ele pode ser mais que isso”, explica.
Além de ser considerada uma forma de arte e dança, o Hoop Dance é um exercício físico que traz benefícios corporais, que podem ser notados rapidamente. O exercício é intenso e exige equilíbrio e flexibilidade do praticante, unindo atividade física e diversão. A massagem abdominal e o fortalecimento muscular reduzem medidas de forma saudável e prazerosa.
Segundo a professora, os benefícios da prática não se restringem às mudanças físicas. “É uma ferramenta de auto-conhecimento, meditação e ritual. A concentração em cada movimento cria a unidade corpo, mente e emoção”, conta. A aluna Thalita acredita que essa característica é uma das maiores qualidades da atividade. “Além de ser um super exercício aeróbico, que ativa partes do seu corpo que você não está acostumado a coordenar, é uma dança que ajuda a se conectar consigo mesmo e se soltar”, diz.