qui 21 nov 2024
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Meditação traz inúmeros benefícios para dia a dia das crianças

Prática milenar não se limita apenas a adultos, sendo cada vez mais utilizada nas salas de aula de Ensino Fundamental

De acordo com o professor e cientista político Willard Johnson, a meditação é uma prática antiga, podendo ter raízes na época em que os homens primitivos passaram a dominar o fogo, há cerca de 800 mil anos. O estudioso Daniel Goleman define que o ato de meditar consiste em manter-se sentado e de olhos fechados, por um período de 15 a 20 minutos, repetindo uma palavra ou som que carregue significados pessoais.

Muito conectada ao yoga, a meditação é utilizada popularmente hoje em dia como uma forma de conexão com o presente e traz uma série de benefícios, evidenciados por estudos científicos. Entre eles estão: controle de estresse, melhora no senso de objetividade, atenção e memória.

Hoje, a meditação tem alcançado novos públicos, para além das aulas de yoga. Durante o período de pandemia de covid-19, o número de pessoas que praticam meditação aumentou em 45%, segundo a entidade da Vivo especializada em comportamento do consumidor, V.Trends.

Além de atingir adultos que passaram a meditar em casa para aliviar o estresse durante a pandemia, a meditação também tem conquistado as crianças. Alguns professores do Ensino Fundamental passaram a realizar a prática com os jovens e observaram mudanças no ambiente da sala de aula.

De acordo com a revista Fique Bem, a meditação infantil ajuda com a melhora no comportamento, com maior autocontrole e respeito pelos outros, aumenta a concentração e diminui questões como ansiedade, tendências suicidas, pensamentos de automutilação e ajuda na superação de pensamentos negativos e relacionados à depressão.

Em Curitiba, a ONG Um Lugar ao Sol, voltada para o apoio educacional de crianças, jovens entre sete e 16 anos começaram a ter “aulas de respiração”. A instrutora Adriana Gonçalves é quem dá as aulas, iniciando com uma reflexão sobre estar no momento presente e depois acertando as posturas e tirando os sapatos dos alunos para iniciar uma breve meditação ao som de uma música calma. Ao final da aula, Adriana pergunta às crianças o que cada um sente depois de meditar. As respostas são variadas: “bem”, “nada”, “preguiça”, “ar entrando”, “memória boa”. Mas as mais comuns são “sono” e “calma”.

Eloah Bianca tem 8 anos e participou de todas as aulas de respiração até agora, com uma postura perfeita, como descrita pela instrutora. “Eu chego bem estressada e saio bem calma”, diz a aluna. Já Kauan de Oliveira, de 13 anos, conta que as aulas o ajudam a melhorar a respiração, enquanto Guilherme Bittencourt, de 7 anos, diz que também gosta de respirar nas aulas.

A instrutora de mindfullness para crianças e adolescentes Tamara Lencioni afirma que a meditação infantil ajuda a melhorar o foco, a diminuir a agitação e a ansiedade e contribui para o desenvolvimento de inteligência emocional.

Lencioni explica que essas questões são trabalhadas com os jovens por meio de práticas meditativas bem curtas. “Práticas que eles podem inserir em qualquer momento do dia deles – durante as aulas, durante conversas, antes de dormir – para aprender a viver melhor”, relata.

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