sex 29 mar 2024
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RU do Agrárias abre as portas após 34 dias de greve

No dia 24 de abril, o restaurante universitário do campus Agrárias foi  reaberto. Mais de um mês após o início da greve dos servidores técnicos-administrativos da universidade, este foi o segundo restaurante reaberto pela reitoria da UFPR.

Como medida emergencial, a PRA está, aos poucos, reabrindo alguns restaurantes utilizando apenas serviços terceirizados. A primeira reabertura foi a do RU do campus Botânico, o primeiro lugar a conseguir contratar uma nutricionista terceirizada. A intenção é que, nos próximos dias, o mesmo aconteça com o RU do Politécnico. Segundo o Pró Reitor de administração, Álvaro Pereira de Souza,  o restaurante central permanecerá fechado por tempo indeterminado porque é usado como sede dos grevistas.

Segundo o Pró-Reitor o fechamento dos RUs é, desde o início, ilegal. De acordo com Álvaro, é necessário manter 30% dos trabalhadores disponíveis durante a greve para garantir a alimentação dos estudantes. A presidente do Sinditest, Carla Cobalchini, discorda da política da reitoria.  “Contratar uma nutricionista terceirizada fere a lei de greve e enfraquece o nosso movimento”, afirma.

 

A abertura do RU do agrárias atraiu os estudantes que há 34 dias não se alimentavam no local. Foto: Alisson Angiski

 

Movimento Grevista

No dia 20 de março, o Sinditest-PR (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba) anunciou uma greve geral dos técnico-administrativos da UFPR.

Desde então, os funcionários que trabalham nos Restaurantes Universitários (RU), que alimentam a comunidade acadêmica, não estão exercendo sua função. Além do RU, bibliotecas, laboratórios e departamentos estão fora do funcionamento normal.

Segundo os grevistas, especialmente nos RUs, os problemas de infraestrutura da Universidade põem em risco a segurança dos trabalhadores. Mesmo o restaurante mais recente, o do campus botânico, apresenta problemas estruturais, como rachaduras expostas. Os grevistas também pedem a construção de um novo RU Central e a manutenção periódica de todos os restaurantes.

 

Há mais de 30 dias o RU do campus politécnico está fechado devido à greve dos servidores técnico-administrativos. Foto: Thais Barbosa

 

Estudantes

Os estudantes representam grande parte dos prejudicados com o fechamento dos Restaurantes Universitários, em especial os fragilizados economicamente. O aluno de engenharia mecânica, Vinícius Delara Belém, já está sentindo no bolso os efeitos do RU fechado. Além dos gastos, Vinícius conta que sua saúde também é prejudicada. “Às vezes não dá tempo de comer em casa, aí eu fico sem comer ou como alguma besteira na rua”, explica.

DCE

Na semana passada, estudantes do campus politécnico fizeram um documento que reuniu 1300 assinaturas pela reabertura dos restaurantes. Mesmo admitindo as dificuldades que o RU fechado impõe, O DCE (Diretório Central dos Estudantes) não concorda com o abaixo assinado. Segundo Francisco Vitelli, integrante do diretório, a greve é justa porque pede melhorias para o trabalhador e, por consequência, para os estudantes. “É necessário o apoio dos estudantes aos grevistas. Esse tipo de ação deslegitima e enfraquece a greve”, comenta.

Em greves passadas, a Pró Reitoria de Administração (PRA) distribuiu tickets-alimentação para os alunos porém, neste ano, nenhum estudante recebeu o benefício enquanto todos os restaurantes estavam fechados. O diretório defende que esta é uma manobra política para que os alunos da Universidade se posicionem contra a greve dos servidores.

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