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sáb 12 out 2024
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Um guia para o Museu do Expedicionário

O Museu do Expedicionário está localizado na Praça do Expedicionário, no Alto da XV. Foto: Mariana Baú

“Memória, Museu e História – Centenário de Max Wolff Filho e o Museu do Expedicionário” é o título da obra realizada pelos professores e alunos de graduação e pós-graduação do curso de História da UFPR, em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército. O livro reúne uma coletânea de artigos sobre o envolvimento do Brasil na Segunda Guerra Mundial e uma análise dos espaços do museu, a partir dos acontecimentos retratados pelo acervo.

Para escrever a obra, os alunos pesquisaram a participação dos brasileiros na guerra durante seis meses, mas toda a produção do livro durou cerca de dois anos. O projeto contou com 32 pessoas, entre estudantes de graduação e pós, de iniciação científica e do Programa de Educação Tutorial do Curso de História (PET/História), além de bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e da Fundação Araucária.

De acordo com o professor e organizador do projeto, Dennison de Oliveira, a elaboração do livro aumenta a qualidade de formação tanto dos alunos da Educação Básica quanto dos cursos de graduação da universidade. “A meta é formar estudantes capazes de ler e interpretar as formas que assumem as diferentes representações do passado, sempre de uma perspectiva crítica”, afirma.

Para a aluna de História Nicolle Taner de Lima, a iniciativa é importante para repensar a memória e problematizar o papel dos museus para a consciência e o aprendizado históricos. Ela é uma das autoras do artigo “Enfermagem”, junto com Gabriela Larocca. “Nós procuramos informar ao leitor quais são as peças em exposição e contextualizar historicamente a participação dos setores de saúde na Força Expedicionária Brasileira”, explica.

Além disso, com o trabalho, Nicolle busca mostrar que é fundamental perceber quais os papéis da mulher na sociedade brasileira antes e durante a guerra e como essa participação deve se constituir como um elemento de análise desse conflito.

Segundo a aluna, uma das novidades que o livro traz sobre o museu é a transcrição da entrevista realizada com a filha do sargento Max Wolff Filho, Hilda Della Nina. “A obra tem como finalidade fornecer subsídios aos professores, alunos e visitantes em geral do museu, para que se conheça melhor a história desses paranaenses que representaram o Brasil na Guerra”, diz Nicolle.

A “Sala de Enfermagem”, no Museu do Expedicionário, serviu de base para o artigo
das alunas Nicolle Taner de Lima e Gabriela Larocca. Foto: Mariana Baú

Projeto de Extensão

O livro traz ainda informações sobre o “Guia do Museu do Expedicionário”, projeto de extensão dos alunos de História. O Guia, que teve duas versões (uma em 2011 e outra em 2012), busca treinar estudantes para atuar como monitores de visitas escolares ao museu. “Tanto o projeto quanto o livro tratam o museu como espaço de ensino e aprendizagem de História”, afirma Dennison de Oliveira.

O coordenador acredita que esse processo de acumulação de conhecimento exige dos professores da rede pública e privada um esforço considerável de preparação. “É para cumprir essa função de descomplicar que existe o Guia. Ele ajuda a preparar as visitas e oferecer aos educadores e alunos interpretações da história encontrada no museu”, completa.

Expansão cultural

Segundo Oliveira, há um interesse em expandir esse trabalho para outros museus da capital. Entre 2002 e 2004, atividades extensionistas semelhantes resultaram na produção do “Guia do Museu Paranaense” e do “Guia do Museu de Arqueologia e Etnologia de Paranaguá”.

Todos os projetos dos alunos do curso de História, incluindo o livro “Memória, Museu e História”, as duas edições do “Guia do Museu do Expedicionário”, o “Guia do Museu Paranaense” e o “Guia do Museu de Arqueologia e Etnologia de Paranaguá” estão disponíveis no link http://www.humanas.ufpr.br/portal/historia/graduacao/publicacoes/. O Museu do Expedicionário está localizado na Praça do Expedicionário, no Bairro Alto da XV, e fica aberto ao público de terça à sexta, das 10h às 12h e das 13h às 17 horas.

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