Produção Adrielly Guterres
O fecho da 1ª Jornada de Comunicação e Raça da Universidade Federal do Paraná (UFPR) não foi apenas o término de um evento, mas sim um marco de intensa emoção e alegria, uma celebração que ressoou profundamente entre os participantes. Indo além dos limites do campus de Artes, Comunicação e Design (DECOM), se expandindo para além dos muros da UFPR, alcançando novos horizontes a cada evento.
A Cultura Preta foi o tema central da conversa, abrangendo discussões sobre capoeira, carnaval, hip-hop e produções audiovisuais, as quais tiveram a participação de Kandiero, MENTHOR, Lulo e Juliana Barbosa. Gradualmente, a discussão se ampliou, explorando aspectos regionais e destacando a rica cena cultural em Curitiba.
A narrativa que emergiu desse encontro sublinhou a resiliência da Cultura Negra como uma poderosa narrativa de resistência e empoderamento. Em uma cidade que, por vezes, parece negligenciar suas próprias raízes negras, muitas vezes apagadas, mas nunca esquecidas.
A música e a arte emergiram como protagonistas cruciais nesse cenário, especialmente nas comunidades periféricas. A expressão artística, seja visual ou sonora, tornou-se um farol de esperança, guiando e aconselhando em meio às adversidades. A música deixou de ser apenas uma melodia para se tornar um meio de resolver conflitos e uma ponte para superar diferenças.
No entanto, a narrativa enfrenta um dilema persistente: a tentativa de obscurecer uma cultura rica e vibrante. Uma desconexão que visa negar as inestimáveis contribuições pretas, como se tentassem apagar a sabedoria intrínseca e legítima oferecida pela comunidade negra.
E assim, encerramos a primeira “Primavera Preta” da Universidade Federal do Paraná, celebrando a diversidade, a resiliência e a riqueza da Cultura Negra. A intensa emoção e alegria compartilhadas durante a Jornada de Comunicação e Raça ecoam como testemunho da importância de dar visibilidade e valorizar as raízes negras. Com muito orgulho, reconhecemos que este é apenas o início de uma jornada que promete ser apenas a primeira de muitas.