sáb 27 abr 2024
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Vitor Roque faz seu último jogo na Ligga Arena: o que pensam os torcedores do Athletico sobre o atacante

A vitória sobre o Santos por 3 a 0 no último domingo (3) foi a última partida em Curitiba do jogador. Vendido para o Barcelona, ele deve partir na próxima janela de transferências

Aos 40 minutos do segundo tempo, o quarto árbitro comunicou a substituição: sai o camisa nove, Vitor Roque, e entra o número 11, Willian Bigode. A torcida, em tom de despedida, aplaudiu de pé o menino de 18 anos. Eram os últimos momentos de Roque com a camisa do Athletico dentro da Ligga Arena. Negociado desde julho deste ano por aproximadamente 74 milhões de euros, o jovem atacante parte para a Catalunha em janeiro de 2024 para se juntar ao elenco do Barcelona. Mas o que ele representa para os torcedores do “Furacão”?

Desde que chegou ao Athletico em abril de 2022, já era especulado por boa parte da torcida que Vitor Roque não era o tipo de jogador que permaneceria por muito tempo no clube. Muito jovem e habilidoso, ele foi monitorado durante toda a sua passagem por gigantes do futebol europeu, dispostos a desembolsar uma quantia de dinheiro difícil de resistir. Apesar disso, 1 ano e 8 meses foram suficientes para o atacante marcar seu nome na história do time rubro-negro.

Pelo Athletico foram 28 gols marcados; sete assistências; foi artilheiro isolado da equipe em 2023; concorreu ao prêmio de Rei da América com apenas 17 anos; e foi, por muito, a contratação e venda mais cara da história do clube. Não à toa, o jogador mineiro adquiriu a admiração da torcida athleticana, mesmo tendo conquistado apenas um título: o Campeonato Paranaense deste ano.

O que Vitor Roque representa para o Athletico, no entanto, vai muito além de sua performance até agora, tendo também a ver com o que ele pode se tornar. O atacante não é um jogador comum e a venda de seu passe para o Barcelona representa bem isso. Embora o tamanho da transferência seja debatível, visto que no valor de 74 milhões de euros estão embutidas cláusulas variáveis, como impostos e bônus que não necessariamente devem chegar às contas bancárias do Athletico, Vitor Roque foi bastante caro. Tão caro, que no futebol brasileiro apenas a venda de Neymar, também para o Barcelona em 2013, supera os valores da negociação.

Não por acaso, o Athletico fez questão de incluir no acordo com o time catalão uma cláusula “Bola de Ouro”. Isto é, caso Roque seja indicado para o prêmio de melhor jogador do mundo, estando entre os três primeiros colocados, o Barcelona deve desembolsar um valor ainda não divulgado para o time paranaense. A expectativa é de que Vitor Roque vá à Espanha para se tornar um grande jogador, e isso reflete em como ele é percebido pela torcida athleticana.

Capa do jornal espanhol “Mundo Desportivo” do dia 03 de fevereiro de 2023
Imagem: Divulgação/Mundo Deportivo
Capa do jornal espanhol Sport de 12 de junho de 2023. O título traduz para: “Vitor
Roque, o escolhido”. Imagem: Divulgação/Sport

Mas como o “craque” será lembrado?

Vitor Roque é o jogador mais valioso da história do Ahtletico, isso é um fato.Também é fato que ele é o mais internacional entre os que já passaram pelo clube. Mesmo que não se torne o melhor jogador do mundo, apenas a expectativa criada ao redor de sua figura já é suficiente para que ele seja lembrado mundialmente. No mais, os torcedores do Athletico que acompanharam o time durante os dois últimos anos, testemunharam a ascensão meteórica de um jogador que pode vir a ser o melhor que já pisou no CT do Caju. Mas o que eles pensam sobre isso?

A equipe do Jornal Comunicação colheu depoimentos de torcedores de diversas idades. Cada um deles vivencia o futebol, assim como o Athletico Paranaense de sua própria maneira. Eles também têm seus próprios conceitos de “craque”, um termo bastante subjetivo no universo futebolístico. Confira algumas das respostas:

Pensando nas atuações dele pelo Athletico. Ele é o mais “craque” que você viu jogar? Se sim, por que? Se não, quem foi?

“É o mais craque que eu já vi jogar. Eu nunca tinha visto um jogador com a capacidade que ele tem de mudar a história de um jogo com tão poucos toques”

– Gabriel, 19 anos.

“Não. Para mim o mais craque foi o Bruno Guimarães”

– Paulo, 24 anos.

“Não. Muito pouco tempo para avaliar. O maior craque que vi jogar foi o Zé Roberto”

– Francisco Sérgio, 67 anos. O Zé Roberto mencionado é José Roberto Marques, atacante que atuou pelo Athletico por apenas dois anos. Em 1968, se consagrou artilheiro do Campeonato Paranaense, com 24 gols. E no final de sua carreira, em 1977. Ele também é considerado um ídolo do rival da equipe rubro-negra, o Coritiba.

Se você precisasse prever o futuro dele. O que você diria?

“Acho que o Vitor Roque vai se tornar um grande atacante… Vai brigar por bola de ouro e jogar por grandes equipes”

– Otávio, 25 anos.

“Melhor do mundo e seleção”

– Luisa, 14 anos.

“Difícil responder. Depende da adaptação dele no futebol europeu. Ainda acho que ele precisa melhorar em alguns aspectos”

– Marcos, 55 anos

Como ele pode ser configurado na história do Athletico, na sua opinião?

“Ele será o símbolo do CAP na revelação e formação de jogadores. Nos colocará definitivamente nesta condição. Nos últimos anos revelamos excelentes jogadores como: Lodi, Bruno Guimarães, Fernandinho e Kleberson, mas o Roque será um fenômeno”

– Paulo Munhoz, 58 anos

“Apesar de ser um jogador importante, que ainda vai fazer muito sucesso fora do Brasil, para mim, ele não é um ídolo do clube, pois infelizmente não conseguiu ganhar nenhum título muito relevante.”

– Bernardo Pereira, 19 anos

Na sua opinião, caso ele ganhe a Bola de Ouro, o que isso significaria para o Athletico?

“Premia o clube como um todo, pois foi um jogador que começou sua carreira profissional aqui… Tirando o apego emocional com o jogador. Seria muito legal ver um jogador que jogou com a nossa camisa ganhar a Bola de Ouro.”

– Gabriel, 19 anos

“Uma pequena projeção do clube no cenário internacional. Não mais que isso.”

– Francisco Sérgio, 67 anos.

“Primeiro jogador do Athletico a ganhar a Bola de Ouro e ******* o Coritiba.”

– Marcos, 55 anos.

Editado por Jessica de Holanda.

Eduardo Gomm Perry
Estudante de Jornalismo da UFPR.
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Estudante de Jornalismo da UFPR.
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