seg 31 mar 2025
HomeCulturaMostra Plastic Doll transforma teatro em espaço de debate sobre gênero e...

Mostra Plastic Doll transforma teatro em espaço de debate sobre gênero e violência

Mostra gratuita utiliza de espaços imersivos e interação com o público para propor reflexões sociais

Reportagem por Gustavo Gomes

A Mostra Plastic Doll será realizada de 27 de março a 5 de abril de 2025, na Casa Quatro Ventos, como parte da programação do 33º Festival de Curitiba. A iniciativa mescla teatro, artes visuais, performance e ações formativas, trazendo uma abordagem crítica sobre violência doméstica e de gênero.

Dirigida por Ana Carneiro, dramaturga e coordenadora do curso de Dramaturgia da Universidade de Indiana nos Estados Unidos, a peça central da mostra utiliza a boneca Barbie como metáfora para questionar padrões sociais e opressões estruturais. “A ideia é transformar o espaço em uma casa de boneca às avessas, onde nada é perfeito e a Barbie funciona como uma máscara corroída que evidencia os abusos da cultura ocidental”, explica Carneiro.

Com uma programação inteiramente gratuita, a Mostra Plastic Doll propõe uma experiência imersiva, com a participação do público em atividades que exploram temas como raça, ecofeminismo e desconstrução de normas sociais. As oficinas oferecidas incentivam a reflexão coletiva e o engajamento do público no que a diretora define como “corpo político da cidade”.

O projeto conta com uma equipe diversa, composta em maioria por mulheres, pessoas trans e não-binárias, além de incluir uma atriz surda. A mostra também promove intercâmbios internacionais, destacando a colaboração com Laura Fernández, da Universidad Nacional de las Artes, na Argentina, que co-dirige o espetáculo.

Firmando Curitiba como um dos polos do Babel Theater Project no Brasil, em parceria com a produtora Arte Logo Ali e o projeto de extensão da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Máquina de A(r)tivismos em Direitos Humanos, a iniciativa fortalece o intercâmbio entre diferentes linguagens e amplia o debate sobre desigualdades e opressões utilizando a arte como ferramenta.

NOTÍCIAS RELACIONADAS
Pular para o conteúdo