
O mundo do automobilismo é conhecido pelas grandes corridas, pela riqueza e popularidade dos pilotos. Mas, para viver do esporte o piloto deve começar cedo e fazer uma carreira que pode demorar a se sustentar. É o caso do piloto Matheus Pelizzer, 19, que corre há nove anos e vem tentando fazer do kart uma profissão.
Para se tornar um piloto, o jovem começa de baixo. O Kart é a modalidade indicada, pois é a mais simples e a base do automobilismo. Quem almeja se tornar um bom piloto e ter um lugar de destaque nesse meio deve começar com ele. É o Kart que traz os fundamentos e habilidades de um bom piloto.
Foi por essa modalidade que Matheus começou, em 2005. Influenciados por amigos da família, Matheus e o pai começaram a correr. “Tínhamos o Kart desse amigo do meu pai, íamos no kartódromo brincar, mexer e fuçar. Até que em 2006 esse amigo foi embora. Então resolvemos comprar um nosso”, explica. O kart de Matheus era o número 12. Uma brincadeira com o aniversário dele e os números dos pilotos. Seu pai era o número 1 e Matheus o número 2.
Em 2012, Pelizzer participou pela primeira vez do Campeonato Brasileiro, que aconteceu no Beto Carreiro, em Santa Catarina. Depois, passou a frequentar diversos campeonatos, tanto regionais como nacionais.
Hoje, ele segue duas carreiras: a de Engenharia Mecânica na UFPR e de Piloto de Kart. Para ele, uma complementa a outra. “Te digo que o Kart até ajudou na faculdade, porque eu já tinha todo esse conhecimento por trás. Kart não é simplesmente você sentar no carro e tentar fazer um tempo rápido, você tem que ter toda uma ideia de como fazer ele rodar mais rápido, de como ele deve se comportar na pista. Um agrega o outro na verdade. Enquanto você vê no estudo o que acontece na prática, você também vê na prática o que acontece no estudo”, afirma.
Quanto à sensação de pilotar um automóvel, Matheus comenta: “Na verdade não dá tempo de pensar em nada, é um foco tremendo. Você tá exposto à uma condição física e mental exaustiva. Há um calor excessivo. Você só foca em frear o menos possível, acelerar o máximo e tentar virar na hora certa”, diz o piloto.
Mas ele acha que ainda falta um reconhecimento maior para o Kart. “É um esporte pouco visto e que demanda muita questão financeira e comprometimento da pessoa. Você tem que estar bem preparado fisicamente e também ter todo o conhecimento técnico. Não tem tanta mídia – tem as grandes mídias obviamente, mas é mais a questão dos campeonatos. Mas quem realmente acompanha é quem gosta mesmo do kartismo”, explica.