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sáb 12 out 2024
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Ação incentiva arrecadação de doações para animais em Curitiba

Mobilização da ONG Tomba Latas Curitiba no Parque Barigui e no Museu Oscar Niemeyer serve de prévia para feira de adoção em maio

Na manhã de sábado (15), no Museu Oscar Niemeyer, e domingo (16), no Parque Barigui, estudantes extensionistas da Universidade Positivo realizaram uma ação de conscientização sobre a adoção de animais e a arrecadação de doações. A mobilização é uma iniciativa do projeto S.O.S Animalesco, em parceria com a organização não governamental (ONG) Tomba Latas Curitiba.

A intervenção no final de semana teve o intuito arrecadar alimentos, cobertores e dinheiro, além de incentivar o trabalho voluntário. Contudo, o objetivo principal foi o de divulgar a feira de adoção que vai ocorrer nos dias 13 de maio, na Universidade Positivo, e dia 27 de maio, no Parque Barigui. Para a campanha de divulgação foram distribuídos panfletos com biscoitos para os animais e estimular a divulgação nas redes sociais do projeto.

Porta de entrada

Formada por 57 estudantes, esta é a quinta turma de estudantes que promove o projeto, que ocorre em parceria com a Tomba Latas Curitiba desde o início da pandemia, em 2020. A S.O.S Animalescos é um projeto de extensão coordenado pelo professor de Direito Rafael Zanlorenzi. A disciplina é oferecida para alunos de todos os cursos, como uma forma de completar as horas de extensão obrigatórias para a formação acadêmica.

O projeto é inspirado no modelo de doação muito comum nos Estados Unidos, chamado digital shelter, é uma facilitação no processo de doação através dos meios eletrônicos. Com isso, o grupo começou as divulgações pelo perfil do instagram do projeto e busca oferecer ajuda aos protetores individuais.

Dessa forma, o projeto de extensão é uma porta de entrada para ajudar e manter ativo o trabalho dos protetores que participam da Tomba Latas, que conta atualmente com 10 protetoras, ao oferecem seus lares e esforços para resgatar e oferecer uma nova oportunidade de um lar acolhedor e saudável para os animais.

Comissão organizadora do evento, com a participação do professor Rafael Zanlorenzi, de preto no fundo. (Foto: Nayara Almeida/Jornal Comunicação)

Na busca de recursos para os animais é que acontecem os eventos, tudo com o objetivo de que a população se conscientize sobre a causa animal, adoção e os maus tratos. A Tomba Latas, ativa desde 2010, é composta por 10 mulheres e não possui sede, por isso, os animais resgatados ficam em hoteizinhos na região metropolitana, e os custos são todos pagos pela ONG. “Essa é a maior dificuldade do projeto para se manter, já que as pessoas que pedem ajuda na maioria das vezes não estão dispostos a pagar a mensalidade”, explica Mariana Raksa, de 25 anos, uma das protetoras da ONG.

Ao longo dos últimos 13 anos em que está ativa, a Tomba Latas já realizou diversos resgates. Um dos casos é o do Malbec, cão adotado pela Maryanne Glinski, depois que ela perdeu dois cachorros em 2021. Via projeto, ela pôde conhecer o Malbec, até então com vários machucados, ao disponibilizar sua casa para lar temporário.

Maryanne Glinski e Malbec, adotado a partir do trabalho da ONG. (Foto: Nayara Almeida/Jornal Comunicação)

Impacto da pandemia

A parceria ocorreu na hora certa, uma vez que com o início da pandemia do covid-19 o número de casos de abandono apenas aumentou. Segundo a ONG Ampara Animal, ocorreu o aumento de 70% no número de abandono de animais durante a pandemia. Mariana Raksa diz que: “O primeiro ano da pandemia coincidiu com o maior número de resgates de cães doentes – com cinomose na grande maioria – que tivemos em muito tempo.” Isso impacta diretamente nos cuidados após os resgates, pois se tornou uma demanda muito alta de animais. 

O Tombinha, como chamam os animais, passa por consulta veterinária, toma remédio para antipulga, vermífugo, faz os exames quando necessários, e em algumas situações passam por tratamentos. Somente depois da castração é que ele está pronto para ser adotado. “Resgatamos mais de 30 filhotes com cinomose e tivemos mais de 100 adoções naquele ano de pandemia”, conta Raksa.

Nayara Almeida
Estudante de Jornalismo da UFPR.
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Nayara Almeida
Estudante de Jornalismo da UFPR.
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