Criada para revelar novas visões do fazer artístico da dupla de grafiteiros conhecidos como “os gêmeos”, a exposição “OSGEMEOS: Segredos” chega em Curitiba e ficará em exibição até abril de 2022 no Museu Oscar Niemeyer (MON).
A produção, que conta com mais de 850 itens entre pinturas, instalações imersivas, esculturas e desenhos, teve sua primeira mostra na Pinacoteca de São Paulo, onde obteve sucesso entre o público e a crítica. Ao todo, foram 510 mil pessoas visitando (online ou presencialmente) o local.
Segundo a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika, obras como a dos irmãos são de grande importância principalmente ao se levar em conta o cenário atual: “Neste momento, em que todos focamos numa reconstrução, seja individual ou coletiva, a arte desta genial dupla de irmãos contribui com a nossa busca interna” afirma. “Seus traços retratam o dia a dia das grandes cidades e suas obras nos levam a uma imersão que revela pertencimento e identidade a símbolos locais e cotidianos, que nos conectam ao lúdico”.
Sobre a exposição
A mostra exibe a trajetória dos irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, dois meninos nascidos na região central de São Paulo que ganharam o mundo com suas intervenções no espaço urbano. A história é contada em três diferentes andares do museu e em cada ambiente é possível conhecer mais sobre os artistas. Enquanto o primeiro andar é reservado para a representação das décadas de 70 e 80 na vida dos dois irmãos, o segundo mostra como foi dos anos 90 aos 2000. Já o último piso é reservado para a exibição dos trabalhos mais recentes e grandiosos dos gêmeos.
Além disso, a exposição conta itens da infância e adolescência dos dois e com salas que homenageiam partes importantes de suas vidas, como os bordados da mãe e o hip-hop, um dos elementos que promoveu o encontro dos irmãos Pandolfo com o grafite. Artistas que têm proximidades artísticas com os autores também foram mencionados, como o britânico Banksy.
Polêmica
No final de agosto, a dupla fez uma obra temporária na fachada do museu a fim de promover a exposição. Após ampla divulgação, Paulo Niemeyer, bisneto do arquiteto que dá nome ao local, criticou nas redes sociais a arte exposta, afirmando que a obra do seu bisavô foi desrespeitada.
Após repercussão, os representantes do MON afirmaram que a obra havia sido encomendada pela direção e autorizada pela Fundação Oscar Niemeyer, órgão que cuida do patrimônio cultural do estado. Alguns dias depois, o próprio órgão parabenizou os artistas nas redes sociais, rebatendo as críticas do bisneto do arquiteto.
Serviço
A exposição está aberta de terça a domingo, das 10h às 18h. Devido a pandemia, é necessário marcar horários específicos para a visitação. Os ingressos custam entre 12 e 22 reais e a venda está sendo feita apenas pelo site.
Matéria por Emerson Araújo e Jully Ana Mendes
Conheça mais sobre a maior exposição da carreira de OSGEMEOS na reportagem produzida por Letícia Ariele e Rafaela Moura: